Por que ser antirracista é tão importante na luta contra a opressão racial?

Enviado por / FontePortal Catarinas

Quinto vídeo da campanha divulgada por LEGH-UFSC e Catarinas cita Sueli Carneiro, Cida Bento e Angela Davis para explicar estratégia de enfrentamento ao racismo

O Laboratório de Estudos de Gênero e História, da Universidade Federal de Santa Catarina, lança nesta quarta-feira (21) o quinto vídeo de sua campanha de divulgação científica em parceria com o Portal Catarinas. A produção intitulada “Antirracismo” explica de maneira sucinta do que se trata o conjunto de práticas e posturas de enfrentamento às estruturas de opressão racial. O objetivo é alcançar especialmente os jovens e adolescentes e conscientizá-los sobre termos e conceitos utilizados nos estudos de gênero, feminismos e sexualidades.

A campanha faz parte dos resultados do projeto “A internet como campo de disputas pela igualdade de gênero” e conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Ao todo são oito vídeos divulgados nas redes sociais das organizações e no Youtube do LEGH-UFSC. Os vídeos já disponíveis são: “Feminismos”“Gênero”“Interseccionalidade” e “LGBTQIA+”.

Antirracismo

O vídeo ilustra o cenário de desigualdade racial no Brasil usando como exemplo os poderes executivo, legislativo e judiciário, que são compostos majoritariamente por homens brancos. A produção destaca que essa configuração não está relacionada à meritocracia, portanto não se trata de mérito individual – ainda que este argumento não seja descartado em casos específicos – mas sim de toda uma conjuntura que vem desde gerações anteriores.

Acesse também no instagram.

Para contextualizar esse ponto, a produção traz o conceito de “branquitude”, a partir da definição da psicóloga e ativista Cida Bento. Ela nomeia dessa forma o privilégio desfrutado por pessoas consideradas brancas, resultante não apenas da cor da pele, mas também de uma posição de poder historicamente herdada em sociedades estruturadas pelo colonialismo europeu e pelo racismo.

O vídeo explica como a colonização europeia deixou um rastro de desigualdades no país que perdura até hoje. Lembrando que, apesar da proibição do sistema escravagista em 1888, o poder público negligenciou a implementação de políticas de auxílio e garantia de direitos tanto para a população negra quanto para os povos originários.

+ sobre o tema

para lembrar

‘Não representarei esse Brasil que segrega’, desabafa nadadora Joanna Maranhão

A hashtag ‘#CunhaGolpista’, usada pelos contrários à redução da...

13 de maio: 127 anos após o fim da escravidão, racismo divide a sociedade

Negros relatam seus dramas e mostram que o problema...

O caminho para combater o racismo é a educação, diz Edson França

"Arbitrária, elitista e racista". Foi como resumiu à Rádio...

Vettel e Hamilton lutam contra o racismo: “A FIA e a F1 nos abandonaram”

Antes do Grande Prêmio da Inglaterra haverá outro momento...
spot_imgspot_img

Belém e favela do Moinho, faces da gentrificação

O que uma região central de São Paulo, cruzada por linhas de trem, a favela do Moinho, tem a ver com a periferia de Belém, sede...

Alunos de escola particular de SP fazem protesto no Shopping Pátio Higienópolis contra abordagem racista de segurança do local

Alunos do Colégio Equipe, em Higienópolis, fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (23), após adolescentes negros - estudantes da escola - denunciarem uma abordagem racista...

Uma elite que sabe muito, mas entende pouco

Em uma manhã qualquer, entre um brunch com avocado e uma conversa sobre alguma viagem à Europa, um membro de uma típica parcela da...
-+=