O presidente sudanês, Omar Hassán Al Bashir, chamou o Movimiento de Justiça e Igualdade (JEM) a buscar a paz na região de Darfur, depois da morte de seu chefe Khalil Ibrahim.
Durante um discurso por ocasião do Dia da Independência desse país africano, o governante abordou aspectos do conflito nessa região, iniciado em 2003.
Nessa contenda se enfrentam Cartum e seus seguidores com as guerrilhas de comunidades não árabes, as quais acusam o Estado de marginalizá-los política e economicamente.
O exército sudanês informou que matou Khalil Ibrahim, líder del JEM, quando este tentava cruzar a fronteira para o Sudão do Sul, mas os insurgentes afirmaram que foi em um bombardeio apoiado por tropas estrangeiras.
Apesar de todas as versões que se seguiram ao fato, o Movimento de Justiça e Igualdade – um dos grupos anti-governamentais mais poderosos do país – confirmou a morte de seu chefe.
Segundo a ONU, cerca de 300 mil pessoas morreram em Darfur, onde Cartum concentrou forças regulares e milícias, a maioria de origem árabe, para esmagar o levante armado. O governo sudanês contesta os dados e afirma que as vítimas do conflito não passam de 10 mil.
O JEM e outros grupos opositores se recusaram a assinar um acordo de paz articulado pelo Catar, o que, afastou a opção de alcançar em breve tempo a estabilidade na região ocidental sudanesa de Darfur.
Os principais agrupamentos insurgentes afirmaram em novembro que formaram uma aliança com outros rebeldes em dois estados fronteiriços para derrocar Al Bashir.
Fonte: Correio do Brasil