Os dois principais candidatos à Presidência do Quênia, o primeiro-ministro, Raila Odinga, e o vice-primeiro-ministro, Uhuru Kenyatta, foram nesta segunda-feira votar e pediram a seus compatriotas para irem em massa às urnas – e em paz.
Odinga votou em uma escola do bairro de Kibera, no sudoeste de Nairóbi, por volta das 8h locais (2h de Brasília), em meio a uma grande expectativa midiática com a presença de 100 jornalistas.
“Hoje o Quênia tem uma reunião com o destino. A decisão dos quenianos traçará o rumo desse destino”, disse o primeiro-ministro, líder da Coalizão para a Reforma e a Democracia (CORD).
“Espero que não aconteça nada desta vez. Todo mundo está em uma grande expectativa”, disse Odinga, em alusão à onda de violência pós-eleitoral que se seguiu às eleições de dezembro de 2007 e deixou quase 1.300 mortos.
“Acredito muito que vamos ganhar claramente para que não precisemos ir para um segundo turno. Os quenianos querem a mudança, e a emoção com a qual foram a votar é uma clara sinal disso. Acham que a mudança que esperam se vai a produzir”, ressaltou o candidato, ao qualificar o pleito de “históricos”.
Cerca de três horas depois, Kenyatta depositou seu voto em um colégio da cidade de Gatundu, cerca de 50 quilômetros ao norte de Nairóbi.
Para evitar que se repitam os violentos incidentes de cinco anos atrás, o processo será vigiado por cerca de 99 mil agentes de segurança, que zelarão para que as votações corram sem distúrbios e as eleições sejam livres, pacíficas e justas.
As votações também têm a supervisão de várias missões de observação eleitoral nacionais e internacionais (cerca de 26 mil observadores desdobrados), entre elas da União Europeia, a União Africana e o órgão americano Centro Carter.
Fonte: Terra