Spike Lee filma Kobe Bryant em estreia de gala

“Kobe Doin” Work” (exibido hoje às 19h30) é o primeiro filme da série “30 for 30” que a ESPN produziu para comemorar seus 30 anos de existência. Em vista disso, 30 cineastas realizaram 30 documentários sobre personagens e fatos ligados a esportes de 1979 para cá.

Por INÁCIO ARAUJO, da Folha de S.Paulo 

Foto: Jonathan Moore/Getty Images

A estreia é de gala, pois trata-se de Spike Lee, um dos mais célebres realizadores americanos da atualidade, tratando de Kobe Bryant, provavelmente o mais talentoso jogador de basquete pós-Michael Jordan.

Kobe, para quem não sabe, sempre jogou pelos Los Angeles Lakers, e Spike desde sempre torce para os Knicks, o time de Nova York. Esse último dado é o mais importante: Spike é torcedor de carteirinha, desses que acompanham o jogo das cadeiras de pista, quase dentro da quadra. Sua ideia em “Kobe Doin” Work” (não deviam traduzir isso? Podia ser Kobe vai à luta, ou Kobe, mãos à obra) é precisamente essa: observar um dia de trabalho na vida dele.

Nada de grandes bastidores. É a quadra que importa. Ela é que deve dar a dimensão do craque. OK, aparece um pouco dos vestiários, o técnico dos Lakers, Phil Jackson, analisando a fita de um jogo passado. Mas, em definitivo, não é isso o essencial, é a quadra. Tudo se define em torno de um jogo, do Lakers contra o Spurs, em Los Angeles. E, no jogo, o que importa é Bryant: seus movimentos, suas palavras. Mal vemos os principais astros do Spurs, como o pivô Tim Duncan. Tony Parker, um pouco. Mas a estrela do adversário, no filme, é Bruce Bowen: o cara cuja função é marcar Kobe.
O Kobe grande arremessador todos conhecem. O organizador do time, menos. O quase técnico, que fala todo o tempo, dá instruções, menos. O sujeito que se diverte jogando (isso se sente em mais ou menos todos os jogadores), que se dedica à chamada “trash talking”, é coisa que só um documentário como esse poderia registrar. De resto, Kobe comenta o jogo. A série começa em grande estilo.

 

+ sobre o tema

Consciência Negra – Poema de Sérgio Cumino.

CONSCIÊNCIA NEGRA  Por Sérgio Cumino em seu blog Fundamento a uma raça A...

Documentário Elza Infinita é finalista do New York Film Festivals

O documentário “Elza Infinita” segue sua trajetória de sucesso...

Milton Santos será homenageado pelo Congresso Nacional

  O jornalista e geógrafo Milton Santos, que completa 10...

Beyoncé recebe seu 17º Vevo Certified com o clipe “Sorry”

Não foi só o Shawn Mendes que teve o...

para lembrar

Cinema Nosso promove atividade para campanha ‘21 Dias de Ativismo Contra o Racismo’

Criado há vinte anos com propósito de promover a...

Ryan Coogler é confirmado como diretor e roteirista de “Pantera Negra 2”

Ryan Coogler (Creed: Nascido Para Lutar, Fruitvale Station: A...

Criolo: a certeza na quebrada é que você vai ser nada

André Caramante e Claudia Belfort no Ponte Ao lado do pai, Cleon, o...
spot_imgspot_img

Documentos históricos de Luiz Gama são reconhecidos como Patrimônio da Humanidade pela Unesco

Documentos históricos de Luiz Gama, um dos maiores abolicionistas do Brasil, foram reconhecidos "Patrimônio da Humanidade" pela Unesco-América Latina. Luiz foi poeta, jornalista e advogado...

Tia Ciata, a líder antirracista que salvou o samba carioca

No fim da tarde do dia 1º de dezembro de 1955, Rosa Parks recusou-se a levantar da cadeira no ônibus, para um branco sentar...

Diva Guimarães, professora que comoveu a Flip ao falar de racismo, morre aos 85 anos em Curitiba

A professora aposentada Diva Guimarães, que emocionou milhares de brasileiros ao discursar sobre preconceito durante a 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) de...
-+=