Universidade Estadual de Londrina se prepara para avaliação da política de cotas em agosto

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) está discutindo modificações para o sistema de cotas, existente desde 2005. Na resolução de criação da política, a instituição definiu que depois de sete anos iria avaliá-la e ver o que era necessário para aprimorá-la. Em agosto, o Conselho Universitário se reúnirá para votar a questão e até lá a universidade fará reuniões para debater as cotas.

 

A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos (NEAA) da UEL, Rosane Borges, afirmou em entrevista à rádio CBN, que o sistema não será extinto, mas avaliado. “Oficialmente, não está em jogo se as cotas permanecem ou não, mas como será a nova fisionomia da política. O objetivo é propor avanços de uma política que possa contribuir para que a UEL seja uma universidade inclusiva”, contou.

Para ela, o sistema de cotas na educação é uma maneira de diminuir as desigualdades que são observadas no Brasil. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostra uma diferença entre os índices da população branca e negra, mostrando que os afro-descentes foram historicamente prejudicados dentro da evolução do país, segundo Rosane.

Pela resolução da UEL, até 40% das vagas de qualquer curso são reservadas para estudantes de escolas públicas. Deste percentual, até a metade pode ser destinado aos alunos negros. Para que a discussão das cotas não fique restrita aos setores administrativos, o NEAA está provendo vários eventos, como o Fórum Sobre Política de Cotas na UEL, realizado em abril.

 

Fonte: Londrina. O diario

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