A denúncia foi feita pelo deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) em discurso feito na Câmara Federal, em Brasília, nesta quarta-feira (26). Segundo o petista, com base nas informações do grupo ativista dos movimentos negros baianos, Reaja, Jackson Antonio de Souza, de 15 anos, que era membro da Casa de Teatro de Bonecos de Itacaré, na região sul da Bahia, entidade atuante na luta contra o racismo e defesa do meio ambiente, foi morto na última terça-feira (25) e enterrado em um cemitério clandestino. O corpo do garoto foi encontrado após ter sido enterrado de ponta cabeça. “A polícia já etiquetou o jovem como “traficante”, mas é preciso repudiar isto, por que Jakson cursava o ensino médio, fazia um curso de guia turístico e trabalhava como barbeiro. Além disso, Jackson fazia parte de uma articulação política contra o racismo, pelo meio ambiente e pela cultura que é a Casa de Teatro de Bonecos de Itacaré”, sustenta o parlamentar baiano. De acordo com Valmir Assunção, o pai de Jakson é “um militante social na luta contra o racismo” e “teve que organizar uma busca para encontrar e reconhecer o corpo do menino, pois nem isso a polícia ofereceu”, denunciou o deputado.
Os danos psicológicos do racismo para ativistas – por Jarid Arraes
Fonte: Bahia Notícias