Dinheiro público foi convertido em sapatos para mulher de Cunha, diz procurador

Força-tarefa da Lava Jato acusa mulher de Eduardo Cunha, Cláudia Cruz, de lavar mais de US$ 1 milhão no exterior

Do iG

O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, afirmou nesta quinta-feira (9) que “dinheiro público foi convertido em sapatos e em roupas de grife”, em referência à lavagem de dinheiro atribuída a Cláudia Cruz, mulher do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Cláudia Cruz é ré em ação penal por lavagem de dinheiro e evasão de divisas por decisão do juiz federal Sérgio Moro, que acolheu denúncia criminal da Procuradoria da República.

Na denúncia, a Procuradoria sustenta que “mais de US$ 1 milhão” foram lavados por Cláudia, inclusive por meio da aquisição de artigos de luxo no exterior. O dinheiro, afirmam os procuradores teve origem em propina que Eduardo Cunha teria recebido em uma transação da Petrobras na África.

“Essa propina foi recebida pelo Eduardo Cunha numa conta no exterior e essa propina foi passada para outra conta que era escondida no exterior por Cláudia Cruz. Cláudia Cruz cometeu dois tipos de lavagem de dinheiro com base nesse dinheiro, mais de US$ 1 milhão. Um tipo de lavagem de dinheiro foi pela ocultação no exterior desses mais de US$ 1 milhão que são fruto de propina, propina recebida pelo marido Eduardo Cunha. A outra lavagem de dinheiro foi a conversão desse dinheiro em bens de luxo. Dinheiro público foi convertido em sapatos e roupas de grifes”, afirmou.

A defesa de Cláudia Cruz disse que ela responderá às imputações como fez até o momento, colaborando com a Justiça e entregando os documentos necessários à apuração dos fatos. Destaca que não tem qualquer relação com atos de corrupção ou de lavagem de dinheiro, não conhece os demais denunciados e jamais participou ou presenciou negociações ilícitas.

+ sobre o tema

Mulheres em cargos de liderança ganham 78% do salário dos homens na mesma função

As mulheres ainda são minoria nos cargos de liderança...

‘O 25 de abril começou em África’

No cinquentenário da Revolução dos Cravos, é importante destacar as...

Fome extrema aumenta, e mundo fracassa em erradicar crise até 2030

Com 281,6 milhões de pessoas sobrevivendo em uma situação...

para lembrar

Pra frente, volver!

Adoro quando estou na estrada e paro num restaurante com faixa...

Revista britânica ironiza ato pró-Aécio: “Só faltou champanhe”

The Economist chamou o protesto de “Revolução da Cashmere”,...

Mulher e poesia na obra de Niemeyer

Niemeyer é um homem que ama demais, a um...

Brasil não deveria ser mantido refém na fronteira

É uma péssima notícia para o Brasil: de novo,...

Presidente de Portugal diz que país tem que ‘pagar custos’ de escravidão e crimes coloniais

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na terça-feira que Portugal foi responsável por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era...

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na história do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a advogada Vera Lúcia Santana Araújo, 64 anos, é...

Desigualdade ambiental em São Paulo: direito ao verde não é para todos

O novo Mapa da Desigualdade de São Paulo faz um levantamento da cobertura vegetal na maior metrópole do Brasil e revela os contrastes entre...
-+=