A vice-presidenta do Sintego, Iêda Leal, representou o sindicato no lançamento do plano de trabalho para capacitação de servidores e gestores da prefeitura de Goiânia. O plano será desenvolvido pela Secretaria Municipal de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial e objetiva o enfrentamento ao racismo institucional no âmbito da administração.
Iêda, que também é secretária de Combate ao Racismo da CNTE e de Igualdade Racial da CUT/GO, classificou de “glorioso”, o momento, que reuniu mulheres representantes de vários setores e entidades que lutam contra o racismo e o preconceito, parabenizou o trabalho da secretaria, que busca, por meio de ações práticas, discutir e combater o preconceito racial nos mais diversos espaços, institucionais ou não, e enfatizou que a prefeitura precisa apostar num outro significado para o “ser gente” dentro do Estado e do município .
A vice-presidenta reforçou também que o Sintego, a CNTE e a CUT/GO desenvolvem ações para o enfrentamento e combate ao racismo que mostram “um mundo diferente é possível”.
“O Sintego tem uma secretaria da Igualdade Racial, a Central Única dos Trabalhadores também tem uma secretaria da Igualdade Racial, a CNTE tem uma secretaria de Combate ao Racismo, nós precisamos fazer com que a sociedade discuta esse tema todos os dias e se envolva no combate efetivo, porque racismo é crime”, afirmou.
Roseane Ramos, secretária da Igualdade Racial do Sintego e membro do Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, lembrou que a criação dos organismos no âmbito da administração municipal para o combate ao racismo foi fruto da luta do movimento negro e com a força e a mobilização é possível construir uma sociedade antirracista.
“O Conselho e a Secretaria Municipal de Igualdade Racial são frutos da nossa luta, são espaços de conquista da nossa mobilização, compromisso nosso, então, nós podemos e vamos ter uma sociedade antirracista, porque nós lutamos todos os dias”. Roseane concluiu citando um trecho da música do Natiruts que diz: “crianças não nascem más, crianças não nascem racistas, crianças não nascem más, aprendem o que a gente ensina”.