James Brown salvou a pátria

DONO DO hit “Don’t You Forget about Me”, que ajudou o filme “Clube dos Cinco” a se tornar um hit nos anos 1980, o grupo Simple Minds fará na primeira quinzena de agosto, no Brasil, uma turnê em comemoração aos 30 anos da banda. Com uma formação antiga (segundo alguém que está na produção dos shows), eles se apresentarão em São Paulo (no HSBC Brasil), Rio, Porto Alegre e Brasília.

Os três primeiros discos desses escoceses, “Life in a Day”, “Real to Real Cacophony” e “Empires and Dance”, entre 1979 e 1980, com influências do krautrock e do punk, ajudaram a formatar a new wave e o pós-punk. Depois a banda degringolou, flertou com o progressivo, com o rock grandioso, orquestrado.

Até o final dos anos 1990, era bem difícil encontrar nas livrarias brasileiras obras relacionadas à música pop (bem, na verdade, até o final dos anos 1990 era bem difícil encontrar nas livrarias brasileiras obras relacionadas a um monte de assuntos, de futebol a gastronomia).

Pouco a pouco esse panorama está sendo melhorado. Chegam às lojas brasileiras dois livros bem diferentes mas igualmente interessantes. “O Dia em que James Brown Salvou a Pátria” (Zahar; 208 págs.; R$ 39) relata, com informações precisas e saborosas, como James Brown insistiu em realizar um show no dia seguinte ao assassinato de Martin Luther King, em Boston, em 5 de abril de 1968.

As tensões raciais nos EUA estavam em ebulição, e o crime assustou as autoridades norte-americanas. O prefeito de Boston queira cancelar a apresentação de Brown. O cantor foi contra, convenceu o político e, além de ser realizado, o show foi transmitido por uma televisão local. O livro foi escrito por James Sullivan e publicado em 2008 nos EUA. Sullivan escreve bem, contextualiza os fatos e desenha um belo retrato dos EUA e do James Brown do final dos anos 1960.

Totalmente diferente de “O Dia em que James Brown Salvou a Pátria” é “O Pequeno Livro do Rock”, que chega em lançamento da Conrad. Escrito por Hervé Bourhis, “O Pequeno Livro…” ganha edição em um formato quadrado, semelhante a um disco de vinil de sete polegadas.

Por meio de quadrinhos, Bourhis conta uma história bem pessoal, subjetiva, sobre a história do rock dos anos 1915 até hoje. Não espere encontrar neste livro algo enciclopédico, imparcial -Bourhis trata a música pop com paixão, carinho e de acordo apenas com sua memória afetiva.

+ sobre o tema

Kofi Annan, Nobel da Paz e ex-secretário geral da ONU, morre aos 80 anos

O ex-secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e...

Morre maior sacerdote das religiões de matrizes africanas de Pernambuco

Pai Paulo Braz Ifátòógún estava com 75 anos e...

Deu zebra! Irmãs Williams perdem para tchecas e são eliminadas no torneio de duplas

Uma grande zebra acabou com o sonho do tetracampeonato...

para lembrar

Emicida, Criolo e Baiana System gravam músicas autorais de Moa do Katendê

Artistas como Baiana System, BNegão, Emicida, Chico César, Rincon...

Co-fundador dos Panteras Negras, Elbert “Big Man” Howard, morre aos 80 anos

Elbert “Big Man” Howard, co-fundador do Partido dos Panteras...

Itaú Cultural Play estreia mostra dedicada ao cineasta Zózimo Bulbul

A partir de 5 de novembro (sexta-feira), a Itaú...
spot_imgspot_img

Festival Feira Preta tem shows de Luedji Luna, Tasha & Tracie e Marcelo D2 a partir de sexta no Parque Ibirapuera, em SP

Mais uma edição do Festival Feira Preta, um dos maiores eventos de cultura negra da América Latina, vai ser realizado a partir desta sexta-feira...

50 anos de Sabotage: Projeto celebra rapper ‘a frente do tempo e fora da curva’

Um dos maiores nomes no hip hop nacional, Sabotage — como era conhecido Mauro Mateus dos Santos — completaria 50 anos no ano passado. Coincidentemente no mesmo ano...

Iza faz primeiro show grávida e se emociona: “Eu estou muito feliz”

Iza se apresentou pela primeira vez grávida na noite do sábado (27), em um show realizado no Sesc + Pop, em Brasília, no Distrito Federal. Destacando...
-+=