BA: casos de discriminação racial no Carnaval crescem 64%, diz estudo

O número de casos de agressão relativos à desigualdade nos percursos carnavalescos aumentou em relação ao Carnaval de 2011. Ao menos é o que aponta um relatório parcial do Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e LGBT sobre esses cinco dias de folia em Salvador, capital do Estado da Bahia.

Chicleteiras x Princesas do Harém: quem são as mais animadas do Carnaval de Salvador?

Vote na musa do Carnaval de Salvador

De acordo com o relatório, nas primeiras 72 horas foram registradas 159 ocorrências, a maioria dos casos associada à discriminação racial, representando uma média de aproximadamente 65%, com 104 ocorrências.

Em seguida, estão os casos de violência contra mulher, com registro de 59 agressões contra as mulheres, totalizando um percentual de 33% e, por último, a violência contra o grupo LGBT, com 2% de ocorrências. Não foram divulgados os dados do ano passado.

Com o slogan “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direito”, o observatório busca identificar atos de discriminação e violência racial, de gênero e homofóbica no circuito da folia até o final do Carnaval.

Na sétima edição, o Observatório atua com 100 funcionários que ficam por todo o circuito da festa e nos seis postos instalados no Cruzeiro do São Francisco – Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD), Ladeira de São Bento, Lapa, Camarote Casa dos Bailes – Casa D’Itália e Assufba e Faculdade Social da Bahia – Ondina.

O Observatório também reúne dados que comprovem a existência de ações discriminatórias raciais, de gênero e homofóbicas, dentro dos circuitos carnavalescos.

Os casos registrados ajudam na formulação e implantação de políticas públicas voltadas para a prevenção de discriminações e desigualdades, motivadas por raça, gênero e orientação sexual.

Carnaval no Terra

O Terra transmite, ao vivo e em HD, a folia em Salvador. Não perca Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Daniela Mercury, Chiclete com Banana, entre outros, agitando o circuito Barra-Ondina. O ator Cassio Reis e a apresentadora baiana Érica Saraiva comandam o estúdio do camarote do Terra, entrevistando famosos – como a atriz Sharon Stone – entre os mais de 800 convidados por dia.

Fonte: Terra

+ sobre o tema

Paulo Henrique Amorim faz retratação em jornal de São Paulo

Paulo Henrique Amorim foi condenado após afirmar em seu...

Âncora da CNN critica produto da Bombril: ‘Pesquisem racismo estrutural’

Depois de a Bombril ser acusada de racismo nas...

Ação afirmativa para afro-descendentes e democracia no Brasil

Por Wania Sant'Anna. Considerando o quadro de desigualdade racial...

para lembrar

Violência policial não é questionada em mais de 45% das audiências

A audiência de custódia, projeto lançado em 2015, é...

Pesquisadores debatem relação entre crime, sociedade e racismo na UFBA

Evento comemorativo aos 10 anos do Lassos aconteceu em...

Afinal, somos racistas?

No último final de semana reencontrei um jovem brilhante...

RACISMO NA ITÁLIA: Berlusconi: “Menos imigrantes igual a menos crimes”

Polémica em Itália após declarações de Silvio Berlusconi. Para...
spot_imgspot_img

Denúncia de tentativa de agressão por homem negro resulta em violência policial

Um vídeo que circula nas redes sociais nesta quinta-feira (25) flagrou o momento em que um policial militar espirra um jato de spray de...

Relatório da Anistia Internacional mostra violência policial no mundo

Violência policial, dificuldade da população em acessar direitos básicos, demora na demarcação de terras indígenas e na titulação de territórios quilombolas são alguns dos...

Aos 45 anos, ‘Cadernos Negros’ ainda é leitura obrigatória em meio à luta literária

Acabo de ler "Cadernos Negros: Poemas Afro-Brasileiros", volume 45, edição do coletivo Quilombhoje Literatura, publicação organizada com afinco pelos escritores Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa. O número 45...
-+=