Africanos conhecem tecnologia

Pesquisadores de quatro países da Àfrica estão em Campina aprendendo sobre melhoramento genético do algodão


O Brasil é o 4° maior exportador de produtos do algodão, e está em 5° lugar em países produtores da fibra, segundo informou o chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Algodão, Carlos Alberto Domingues. Ontem foi realizado um workshop na sede da Empresa na cidade, sobre o melhoramento genético do algodoeiro, com a participação de pesquisadores de quatro países africanos. Ele informou que este intercâmbio faz parte do projeto Cotton-4, que objetiva promover o desenvolvimento do setor algodoeiro no Benin, Brukina Faso, Chade e Mali, onde a fibra é um dos únicos produtos de subsistência econômica.

O chefe de Pesquisa da Embrapa explicou que o Brasil se tornou um importante produtor do algodão e exportador da fibra e seus derivados, desde que projetos de melhoramento genético foram utilizados para o desenvolvimento do setor. “O Brasil agora está trocando ideias com estes países africanos e explicando como funciona as tecnologias descobertas e utilizadasaqui, para que eles também possam usar estes mecanismos na África, de acordo com sua realidade”, informou. O intercâmbio vai se estender até o dia 20 deste mês, através de workshops, estudos técnicos e visitas, onde serão apresentados e demonstrados as novas variedades de algodão, fazendo com que os pesquisadores africanos possam aprendam a aprimorar a fibra, na tentativa de deixá-la mais produtiva e resistente às pragas.

“O Brasil está apoiando o desenvolvimento destes países, onde o único produto de comercialização é o algodão, desta forma ajudando no desenvolvimento econômico nestes locais”, afirmou. De acordo com ele, pesquisadores brasileiros também já estiveram nos países que estão participando do projeto e tiveram a oportunidade de explicar lá, os meios usados aqui. Dentro da programação, estão sendo discutidos temas como: Experimentação em Genética e Melhoramento de Plantas, Genética Quantitativa Aplicada ao Melhoramento de Plantas, Resistência de Algodoeiros a Doenças, Melhoramento do Algodoeiro paraCaracterísticas Especiais e Resistência do Algodoeiro a Insetos.

Capitalização

De acordo com o pesquisador Gaouna Bouri Oueye, de Chade, aqui eles estão aprendendo a como capitalizar o trabalho e melhorar o algodão produzido nos países africanos. Ele explicou que nas visitas a algumas propriedades rurais da região de Campina Grande, existe muita semelhança entre a agricultura familiar brasileira e a africana. A principal diferença é a forma de valorização.


Fonte: Diário de Borborema

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