As mães que tiveram seus filhos assassinados pelo Estado decidiram fazer o trabalho da polícia: investigar

Ilustração/ Ju Gama

DALVA PASSOU UMA semana no CTI. Deize toma 11 comprimidos por dia. Márcia teve que retirar o útero e Ana Paula tem dores fortíssimas na cabeça, há anos. Renata* lutou contra o alcoolismo e o vício em drogas por quase uma década. Em comum, as cinco têm depressão e transtornos de ansiedade. Elas são mães de adolescentes executados pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. Desacreditadas e sem respaldo do mesmo poder que levou seus filhos, elas são sobreviventes de uma estatística cruel que costuma levar outras mulheres como elas ao óbito. Revoltadas com a pecha de “criminosos” que seus filhos receberam, elas foram além: decidiram investigar, sozinhas, as mortes dos próprios filhos. Duas fizeram vestibular e cursaram Direito para entender os caminhos das leis e provar que eles são inocentes.

Por Bruna de Lara

Leia a matéria completa aqui

+ sobre o tema

Não existe racismo fora de uma relação de poder, diz jurista

Jurista Silvio Luiz de Almeida, professor da FGV, discute...

Em repúdio ao racismo, feministas farão ato neste sábado em SP

Feministas realizarão, neste sábado (23), um ato contra o...

Irmã de Luana Barbosa alega racismo e homofobia, e pede ‘júri popular’ a PMs

Testemunhas foram ouvidas na 1ª audiência do caso, marcada...

para lembrar

Mulher negra perde emprego por causa do penteado

Empregador disse que, se ela não tirasse as tranças,...

Leis brasileiras colocaram o racismo em pauta, diz professora

O Brasil reconhece que existem diferenças entre as pessoas...

Justiça proíbe rolezinhos em Shoppings do Interior

A arquiteta e urbanista Raquel Rolnik escreveu artigo criticando...

PUC-SP terá cotas para professores e quer 37% de docentes negros em seis anos

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) aprovou nesta quarta-feira, 26,...
spot_imgspot_img

Justiça do Rio arquiva investigação contra universitário baleado por PM e mototaxista acusados falsamente de roubo

A Justiça do Rio de Janeiro arquivou a investigação contra o estudante universitário Igor Melo de Carvalho e o motociclista Thiago Marques Gonçalves, acusados falsamente de...

Os incomodados que se retirem

O racismo "dói na alma". Palavras de um jovem atleta que carrega consigo "um defeito de cor" que se sobrepõe ao talento: é negro. Essa é...

A polêmica tem nome: racismo

O carnaval chegou ao fim, tiremos a fantasia. Existe um nome para a polêmica sobre os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial. Sete letras....
-+=