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Durante Ato-Show no qual comemorará seus seis anos de atividades, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil também abordará o tema: racismo, de forma crítica. Crianças negras farão leitura de um manifesto contra a discriminação racial.
Presença confirmada do menino Lucas, discriminado em uma escola de Guarulhos (veja mais informações contidas neste release) por usar cabelo estilo black-power e de seus familiares. A mãe do menino,
ATO-SHOW – A comemoração organizada pela primeira vez (nos anos anteriores a CBT marcou a data com atividades realizadas em conjunto com outras centrais, no Dia do Tranalho, 1º de Maio), terá atrações musicais como o sambista Thobias da Vai Vai e a cantora Leci Brandão, entre outras, gratuitas à população em palco montado na Praça da República, região Central.
Apesar do tom festivo, a diretoria da CTB, que tem à frente o presidente Adílson Araújo, fará intervenções em meio às apresentações musicais, para defender e comentar bandeiras pelas quais vem lutando em prol dos trabalhadores.
Algumas delas: redução no valor das passagens de ônibus, com passe livre aos estudantes; adequação do salário dos trabalhadores e trabalhadoras, sem discrepâncias por conta de gênero ou raça e em conformidade com a realidade econômica vigente, observando fatores como a inflação; implementação de políticas públicas voltadas a requalificação profissional da população, visando inserção no mercado de trabalho; combate a qualquer tipo de discriminação, seja racial, religiosa, ou de gênero; reforma política, dialogando com a sociedade e os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras; entre outras.
VEJA ABAIXO, MANIFESTO DA CTB QUE SERÁ LIDO POR CRIANÇAS, HOJE, NA PRAÇA DA REPÚBLICA E TAMBÉM NOTÍCIA QUE EXPLICA O OCORRIDO COM O MENINO LUCAS, EM ESCOLA SITUADA EM GUARULHOS
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Mais informações:
SUZANA CAMARGO: 9 97305-3202 // CLAUDIA CANTO: 9 9881-1451
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MANIFESTO DA CTB CONTRA O RACISMO
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) condena qualquer forma de discriminação a um ser humano. Ainda mais quando o discriminado é uma criança, que a sociedade, o Estado e as famílias têm a obrigação de defender.
Uma escola particular de Guarulhos teve a pouca vergonha de enviar um bilhetinho para a família do menino Lucas Neiva de Oliveira, de apenas 8 anos, para “cortarem” o cabelo, estilo black power, do garoto. Se não bastasse a atitude preconceituosa, a escola chegou a recusar a rematrícula do menino.
Para a CTB, agindo assim, a escola desrespeita o ser humano, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto da Igualdade Racial e a Constituição Federal, além de mostrar incapacidade para respeitar a diversidade étnica e cultural brasileira.
Em pleno século 21, não se admite acintes desse tipo à dignidade humana, ainda mais quando se trata de uma criança dentro de uma escola. Qual a explicação pedagógica para essa atitude?
Pelo respeito às leis, à ética, à boa pedagogia, aos direitos humanos e à dignidade humana, basta de racismo neste país.
A CTB presta solidariedade à família de Lucas e a todas as famílias das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros que sofrem preconceitos todos os dias.
É inconcebível que fatos como esse ocorram, ainda mais nessa ocasião em que o mundo todo chora a morte do maior símbolo da luta contra o racismo, Nelson Mandela.
Diga não ao racismo, ao preconceito e à intolerância.
Respeito às nossas crianças!