Na semana passada, as Nações Unidas observaram o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos. O chefe da ONU, Ban Ki-moon, destacou as contribuições dos povos africanos e afrodescendentes para a cultura, a ciência, a política e a medicina dos países que praticaram o tráfico de escravos.
Em celebração ao Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos, comemorado na sexta-feira (25), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, chamou atenção para a herança cultural e as contribuições trazidas pelos povos afrodescendentes para as sociedades que praticaram o tráfico de escravos ao longo de mais de quatro séculos.
“A influência e o legado da África são evidentes na música vibrante, na arte ousada, nos alimentos ricos e na literatura inspiradora que permeiam a cultura moderna”, afirmou o chefe da ONU. “Menos reconhecidas, talvez, sejam as contribuições que os povos da diáspora africana deram à medicina, à ciência, ao governo e à liderança geral na sociedade.”
Ban Ki-moon também alertou para o racismo e o preconceito ainda existentes atualmente. “É imperativo que nós trabalhemos juntos por oportunidades iguais, por justiça e por desenvolvimento sustentável para as pessoas afrodescendentes”, disse.
Observada desde 2007 pelas Nações Unidas, a data internacional é um tributo aos mais de 15 milhões de homens, mulheres e crianças que sofreram e morreram durante os mais de 400 anos em que o comércio transatlântico de escravos provocou a maior migração forçada da história.
Em 2016, o Dia foi comemorado com o tema “Lembre da Escravidão: Celebrando a Herança e a Cultura da Diáspora Africana e suas Raízes”. Além disso, entre os anos de 2015 e 2024 a ONU marca a Década Internacional de Afrodescendentes, cujo tema é “Reconhecimento, justiça e desenvolvimento”.
Segundo o secretário-geral, as tradições e a cultura dinâmica da África “continuam a enriquecer a vida” dos países que se envolveram com o tráfico de escravos, os quais deixaram para seus descendentes um conjunto de “bens inestimáveis”, como sua coragem, sua força, sua tolerância e compaixão.
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