Entidades querem informações sobre mais de 40 mortos em favelas do Rio

Organizações da sociedade civil acusam policias de práticas de extermínio nas favelas cariocas. Por isso, as entidades fizeram, nesta quinta-feira (05), um protesto em frente a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Foi entregue um ofício endereçado ao secretário de segurança, José Mariano Beltrame. O documento exige a divulgação da quantidade e da identidade dos mortos em operações policias nas favelas do Rio nas últimas duas semanas.

Estaria ocorrendo nas comunidades pobres o que as organizações chamaram de “revide” da Segurança Pública desde o dia 17 de outubro, pois, na ocasião, um helicóptero da Polícia Militar foi abatido por traficantes no morro São João, no Engenho Novo, próximo ao Morro dos Macacos. Três policias morreram.

Desde então, números não oficiais apontam que ações da polícia deixaram mais de 40 pessoas mortas e um número desconhecido de feridos.

A integrante da ONG de direitos humanos Mariana Crioula, Fernanda Vieira avaliou a política de segurança do governador do Rio, Sérgio Cabral.

“Ela se marca pelo discurso da legitimação do genocídio. Em nome dessa guerra contra um inimigo que não se nomeia, vão entrando em várias comunidades e produzindo desaparecimentos e assassinatos, sem que isso fique esclarecido e apareça para a sociedade. O que estamos alertando é que hoje a política da Secretaria de Segurança não se resume só a essa comunidade do Morro dos Macacos e isso nos preocupa.”

Um manifesto público foi anexado ao ofício entregue à Secretaria de Segurança. Assinado por mais de 400 pessoas e 60 entidades, entre ONGs, professores da rede pública e movimentos sociais, o manifesto pede pelo fim da “criminalização da pobreza e do desrespeito aos direitos humanos”.

 

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