Era só um bandido que deu azar de nascer preto! Nós não somos racistas

Eles matam e matam e se puderem matam o preto cem vezes.
Era só um bandido que deu azar de nascer preto!
E o editor do Globo vai mandar escrever que é regressão ao tempo colonial, que racismo é coisa de ignorante e problema de certos indivíduos “ignorantes”.
Falácia!

Por Marcos Romão Do Mama press

A matança racista tem sua lógica inteligente e cruel.
Primeiro o estímulo da bancada da bala, depois as dicussões “neutras” sobre até que ponto se deve proteger a dignidade humana.
Botam para discutir nos seus editoriais o indiscutível, se torturar pode ser também por “amor” e se pode reduzir a idade permissível para ser torturado.

Primeiro constroem em seus editoriais a “dignidade elástica”, reduzindo a idade para se ter a dignidade “protegida”.
Primeiro insuflam, depois deixam os cachorros soltos!
Condoídos como Eli Kamel, editor do Globo, escreve o livro, “Não Somos Racistas”. Faltou escrever, ” Racistas são os outros”.
Passam a dizer então, “Somos todos Maju”, ” Não somos racistas”, racistas são nossos cachorros soltos.
Racista é canalha que lincha e executa o plano final do genocídio da juventude negra.

Racista é a gentalha que executa a SOLUÇÃO FINAL, desenhada e calculada pelos racistas de caneta! Pelos donos dos cartéis da “imprensa” que a cada dia, torna nosso povo brasileiro mais cruel, bárbaro e “datenado para a crueldade”, como ouvimos no programa diário da rádio globo, que bem cedinho, em sua apologia do assassínio por linchamento, faz uma enquete sobre o criminoso do dia, com a “ingênua” pergunta, ” VAI PARA O TRONCO OU VAI PARA O BURACO?”.
São estes os racistas da caneta, são estes os que despejam a tinta do ódio, são estes os que perpetuam, e estruturam o racismo no Brasil.
Falar de casos de racismo aqui e acolá, é enxugar gelo.
Está na hora de falar que o racismo no Brasil é estrutural e fruto de uma ” inteligência” maléfica que não dá ponto sem nó. Uma elite inteligente e racista que tudo vai fazer, para que os negros fiquem só brigando para não serem chamados de macacos.
Eles, os racistas de caneta que estruturaram e estruturam o racismo no Brasil, não nos querem é nos empregos, nos não querem é nos campos de decisão de poder, que traçam os caminhos do Brasil.

Querem nos manter de fora do Brasil deles até morrermos. E que morramos quantas vezes eles quiserem.
Que nós negros morramos linchados em “slow motion” e fotos repetidas.
E que repitam as fotos, repitam até que fique bem incutida na cabeça de cada criança negra, que mesmo que um dia ela chegue a presidente da república, na primeira escorregada, será chamada de macaca fedorenta, amarrada em um poste e morta centilhões de vezes, em cada clicada dos smartphones dos sádicos racistas.
E não basta. Afinal eles não são racistas.
Era só um bandido que deu azar de nascer preto!

+ sobre o tema

para lembrar

Mais um na lista dos incontáveis invisíveis

Por que não escrevi sobre o assassinato de Herinaldo...

O racismo como licença para matar

Racismo, racismo, racismo, racismo. Esta não é só uma...

Quando a morte bate na porta de meu vizinho

É desanimador ter que acordar com a notícia de...
spot_imgspot_img

Mudar a pergunta é revolução

O assassinato de Genivaldo de Jesus —o homem negro, com esquizofrenia, asfixiado até a morte numa viatura transformada em câmara de gás por policiais rodoviários federais—...

A carne mais barata no Carrefour

Eis a imagem: um casal negro encostado a uma parede no chão frio em mercado da rede Carrefour em Salvador. Sob o efeito de tapas...

Luedji Luna denuncia racismo em abordagem policial: ‘Com arma apontada’

Luedji Luna usou as redes sociais para denunciar uma situação de racismo sofrida por ela e sua família em São Paulo. A cantora disse que...
-+=