Um juiz mexicano ordenou no sábado (19) o início de um julgamento penal contra dois garçons acusados de terem causado a morte de Malcolm Shabazz, neto do ativista americano Malcolm X, confirmaram fontes do Ministério Público da Cidade do México.
Os dois suspeitos serão julgados pelos delitos de homicídio agravado e roubo doloso agravado, indicou a Procuradoria Geral de Justiça do Distrito Federal.
No dia 13 de maio, o promotor da capital, Rodolfo Fernando Ríos, informou a detenção de dois garçons do bar The Palace Club, situado na Praça Garibaldi, na Cidade do México. Os suspeitos foram identificados como David Hernández Cruz e Manuel Alejandro Pérez, ambos de 24 anos de idade.
Os jovens foram detidos por terem espancado Malcolm Shabazz junto com outros dois indivíduos depois que o neto de Malcolm X se negou a pagar uma conta.
Shabazz morreu horas depois em um hospital na capital mexicana por “consequência do conjunto de traumatismos provocados por um objeto contundente”, afirmou Ríos.
Segundo as investigações, o neto do defensor dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos chegara à Cidade do México procedente da cidade fronteiriça de Tijuana, no noroeste do país, junto com outro homem.
Esse homem, que teria nacionalidade mexicana, foi ameaçado e roubado, mas conseguiu sair com vida do bar.
Os dois estiveram no bar acompanhados por duas mulheres e consumiram bebidas alcoólicas até as 3h, quando os funcionários do estabelecimento “exigiram o pagamento de uma conta que chegava a US$ 1.200”.
“As vítimas não concordaram com o valor da conta e, depois de não chegar a um acordo, Malcolm Shabazz foi golpeado e encontrado em uma rua próxima ao bar”, indicou o promotor.
Segundo a Promotoria da Cidade do México, os outros dois homens envolvidos na morte do cidadão americano já estão identificados, mas ainda não foram detidos.
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