Garota é espancada em SP por ser lésbica: ‘Vai apanhar igual menino’

Criminosos colocaram a vítima dentro de um carro e a agrediram com socos e chutes. Em seguida, ela foi deixada em uma travessa no bairro Sítio do Campo, em Praia Grande.

no G1

Jovem é brutalmente agredida por ser lésbica- ‘Vai apanhar igual menino’ — Foto- Praia Grande Mil Grau

Uma jovem de 19 anos foi brutalmente agredida por dois homens ao passar por uma rua no bairro Sítio do Campo, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ela estava sozinha quando foi abordada pela dupla, que estava em um carro azul. A vítima foi colocada dentro do veículo e, em seguida, eles disseram que ela iria apanhar ‘igual menino’.

Em entrevista ao G1 nesta quinta-feira (1º), a mãe da garota, que prefere não se identificar, contou que ela tinha acabado de sair do Terminal Tude Bastos. A jovem caminhava pela Avenida do Trabalhador quando foi abordada por dois homens.

Eles perguntaram as horas, mas ela ignorou. A dupla continuou seguindo a vítima e ela acabou respondendo. Em seguida, eles disseram para ela entrar no carro. Ao recusar, um dos homens desceu e deu um chute na perna e socos na costela da vítima. Ela caiu e foi jogada para dentro do carro.

“Um dos caras no carro disse: você é menino? Ela disse, sim, sou menino. Aí ele falou: então você gosta de ser menino? Então você vai apanhar igual menino”, conta a mãe. Após uma série de agressões, ela foi deixada na Travessa Armando Lichti Filho.

“Graças a Deus não abusaram dela. A sensação foi mais para bater porque ela falou que gostava de ser menino. Por puro ódio, pura revolta. E você se sente mais revoltado ainda por não ter resposta”, lamenta.

A jovem teve ferimentos no rosto, na costela e nas pernas. Ela passou por atendimento no Hospital Irmã Dulce e está em recuperação.

O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher de Praia Grande e segue sob investigação. Quem tiver informações que possam ajudar a polícia a localizar os criminosos pode entrar em contato pelo 190 ou por meio do Disque Denúncia 181. Não é preciso se identificar.

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