Grupo Samba Negras em Marcha realiza apresentação, com participação da MC Luana Hansen, no IMS Paulista

A roda de samba acontece no dia 28 de agosto, às 15h. Com entrada gratuita, o show trará músicas inspiradas na obra da escritora Carolina Maria de Jesus.

No dia 28 de agosto (domingo), às 15h, o IMS Paulista recebe o grupo Samba Negras em Marcha para uma apresentação com a participação especial da MC Luana Hansen. Com entrada gratuita, a roda de samba acontece no térreo do centro cultural. O repertório do show dialoga com a produção da escritora Carolina Maria de Jesus, cuja obra foi tema da exposição exibida no IMS Paulista, entre setembro de 2021 e abril deste ano, e atualmente está em cartaz no Sesc Sorocaba. 

Criado em 2015 a partir de um encontro de artistas em torno da Marcha das Mulheres Negras, o grupo faz do samba e de outros ritmos afro-brasileiros o pano de fundo das bandeiras de luta contra o racismo, o machismo e a LGBTfobia, priorizando no repertório cantoras e compositoras negras. 

Nessa apresentação, elas costuram trechos da obra literária de Carolina de Jesus com músicas da escritora, como “Vedete da favela” e “Acende o fogo”, além de sambas de compositoras parceiras do grupo e outros clássicos que partem da premissa de empoderamento feminino e do povo negro. Já a MC Luana Hansen, que atua com o SNM desde sua fundação, canta sucessos de sua carreira, como “Samba Brasil”, “Negras em marcha” e “Ela diz que tem”, acompanhada pelas instrumentistas.

Ficha técnica

Bruna Viana (conga, repique e tantã)

Dani Rosa (pandeiro, efeitos e coro)

Edilene Santos (cavaco e coro)

Luciana Fernandes (surdo, congas e coro)

Mara Lúcia (xequeré e coro)

Mawusi Ramos (voz)

Jéssica Souza (percussão geral)

Tâmara David (voz e pandeiro)

Thaiane Athanásio (violão e coro)

Convidada: Luana Hansen 

Cinthia Abreu – assistente de produção

Repertório da apresentação

1. “Pontos” (Domínio público)

1.1 “Dona da casa”

1.2 “Tem perfume no ar”

1.3 “Abre a roda Pombajira”

1.4 “Cigana de fé”

1.5 “Seu dotô Zé Pilintra”

2. “Dançam as moças na beira do mar” (Célia Santos)

3. “Alguém me avisou/Acreditar/Sonho meu” (Dona Ivone Lara)

4.”Lá de Angola” (João Nogueira)

5. “Semba dos ancestrais” (Martinho da Vila)

6. “História pra ninar gente grande” (Deivid Domênico/Tomaz Miranda/Mama/Marcio Bola/Ronie Oliveira/Danilo Firmino)

7. “Vedete da favela” (Carolina Maria de Jesus)

8. “Acende o fogo” (Carolina Maria de Jesus)

9. “ Maria da Vila Matilde” (Douglas Germano)

10. “Seu grito” (Aurinha do Coco)

11. “Cadê o povo preto” (Luana Hansen)

12. “Samba Brasil” (Luana Hansen)

13. “Ela diz que tem” (Luana Hansen)

14. “Negras em marcha” (Luana Hansen)

15. “O meu lugar” (Arlindo Cruz)

16. “Figa de Guiné” (Reginaldo Bessa/Nei Lopes)

17. “Pra matar preconceito” (Raul DiCaprio/Manu da Cuíca)

18. “Zé do caroço” (Leci Brandão)

19. “Canto da cidade” (Toti Gira/Daniela Mercury)

20. “Que bloco é esse” (Paulinho Camafeu)

Sobre as convidadas

Samba Negras em Marcha 

O grupo foi criado em 2015, a partir da reunião de mulheres negras, artistas de diferentes idades que se mobilizaram para a Marcha das Mulheres Negras daquele ano. Utilizando suas habilidades nas artes como ferramenta de luta e afirmação, cantoras, dançarinas, atrizes, compositoras, percussionistas e artistas visuais decidiram unir forças para fazer do samba e de outros ritmos afro-brasileiros o pano de fundo das bandeiras de luta contra o racismo, o machismo e a LGBTfobia. O SNM prioriza executar canções imortalizadas nas vozes de cantoras negras e de compositoras que sofreram, ou ainda sofrem, com o apagamento de suas trajetórias, tais como Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Leci Brandão, Aurinha do Coco, entre outras, em um movimento que julgam ser de extrema importância: o reconhecimento daquelas que vieram antes na luta por igualdade.

MC Luana Hansen

DJ e MC, produtora musical, ativista feminista e LGBTQ+ da Zona Oeste de São Paulo. Suas letras trazem questões e problemas do cotidiano da mulher negra, como aborto, discriminação, cultura do estupro, empoderamento e igualdade de gênero. Ganhou o Prêmio Hutúz, do festival homônimo realizado por Celso Athayde entre 2000 e 2009. Participou da minissérie Antônia e do programa Amor e sexo, ambos da Rede Globo. Seus CDs, todos independentes, são: Marginal imperatriz (2013), Negras em marcha (2015), cujo clipe homônimo teve a participação de Leci Brandão, e Favela (2018).

Serviço

Samba Negras em Marcha convida Luana Hansen

28 de agosto (domingo), às 15h

Entrada gratuita 

Térreo do IMS Paulista

150 lugares em pé + 30 lugares sentados (público preferencial)

O uso da máscara é recomendado

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