Funcionários da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo foram flagrados agredindo um morador de rua em um vídeo registrado pelo estudante de jornalismo Marcos Hermanson nesta quarta-feira (3), próximo à estação Conceição do do Metrô.
Do Bol
No vídeo, um dos GCMs empurra o homem com força ao chão e depois torce seu braço ao pressioná-lo contra a parede. Enquanto isso, fiscais da prefeitura levam os objetos do homem, identificado como Samir pelo estudante.
Segundo o jovem, os agentes levaram um carrinho de supermercado com os pertences do morador de rua além de alguns cobertores e o colchão onde dormia, contrariando declaração feita pelo prefeito João Doria (PSDB) em janeiro, de que cobertores e outros pertences não seriam recolhidos.
Na ocasião, Doria mudou o texto de um decreto publicado pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT). A alteração feita por Doria permite que a GCM recolha colchões e cobertores de moradores de rua.
Enquanto os fiscais levavam os pertences do rapaz, um dos guardas aplicou uma rasteira no morador de rua, o que não provocou reação nos outros dois guardas presentes no local. Sentado no chão, o homem implorou aos agentes que parassem com a ação: “Não leva meus bagulhos, não. Eu não tenho nada”, pediu chorando.
A vítima foi levada ao 35° DP, no bairro do Jabaquara, de onde seguiu para exame de corpo de delito. Marcos, o estudante que registrou a agressão, publicou mais tarde no Facebook que o homem teve o braço quebrado e foi encaminhado a um abrigo municipal no centro da cidade, publicou mais tarde no Facebook que o homem teve o braço quebrado e foi encaminhado a um abrigo municipal no centro da cidade, acompanhado do Padre Julio Lancelotti, da Pastoral do Povo da Rua.
Em nota, a Secretaria da Segurança Urbana declarou que a Corregedoria Geral da GCM vai apurar a conduta dos agentes e que “o guarda envolvido diretamente na ocorrência será afastado das atividades operacionais”
O prefeito João Doria publicou no Twitter um vídeo condenando a ação e garantindo assistência a Samir. Doria declarou ainda que pediu ao secretário de Segurança Urbana, José Roberto Rodrigues de Oliveira, que a abordagem seja tomada como referência para que “não ocorra nenhuma situação dessa natureza”.