Lançada em julho deste ano, a campanha #nãosecale é uma ação do Instituto Liberta – que tem como missão o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil – e parceiros, que estimula as denúncias de violências sofridas neste momento de flexibilização da quarentena e retorno das pessoas às ruas e às escolas. O foco da campanha é o ambiente escolar, visto que grande parte dos casos são relatados neste local.
Segundo os registros do SINAN, mais de 70% dos casos de violência sexual entre crianças e adolescentes acontecem na casa da vítima. Com a pandemia do Covid-19, a estimativa é que os casos tenham aumentado pela convivência das vítimas com seus agressores. Por este motivo, a volta às aulas é uma oportunidade para que os alunos encontrem um lugar de segurança nas escolas para falarem sobre os casos ocorridos.
Luciana Temer, presidente do Instituto, reforça: “Nosso objetivo com essa campanha não é apenas distribuir máscaras, mas também engajar as pessoas com uma causa urgente no Brasil que é a violência sexual contra crianças e adolescentes”. A campanha já doou 2 mil máscaras em uma ação ocorrida no bairro de Paraisópolis, em São Paulo, e a meta é chegar a 200 mil peças fornecidas para a rede pública de educação. Até agora, os parceiros da campanha foram a incorporadora Yuny, a seguradora Qualicorp e a marca de lingerie Plié, que apoiaram a ação para a confecção das máscaras.