Joacine manifesta “consternação” e “repúdio” por morte de estudante

Deputada do Livre publicou um comunicado onde presta ainda as condolências à família e amigos de Luís Giovani dos Santos Rodrigues e pede justiça.

Do NOTÍCIAS AO MINUTO

Joacine Katar Moreira.© Orlando Almeida/Global Imagens

Joacine Katar Moreira publicou, este domingo, um comunicado onde manifesta a sua “consternação” e “repúdio” pela “violência e assassinato” de Luís Giovani dos Santos Rodrigues, o estudante cabo-verdiano que morreu no último dia do ano passado após ter sido “espancado impiedosamente por um grupo de cerca de quinze indivíduos armados com ferros e paus, que o deixaram inconsciente, com um traumatismo cranioencefálico”, em Bragança.

A deputada única do partido Livre prossegue, na mesma nota colocada este domingo à tarde no Facebook, que “esta brutal violência de que Giovanni foi vítima e que o levou à morte não mereceu, desde logo, e ao contrário de outros crimes, a necessária divulgação noticiosa” e pede justiça.

Joacine acrescenta ainda que passados 15 dias do ataque e da “identificação de dois suspeitos que se encontram em liberdade, continuam por esclarecer as circunstâncias da sua morte, sobretudo quando se sabe haver testemunhas dos factos que procederam os atos”.

Além de repudiar a violência e a morte do jovem cabo-verdiano, a deputada manifesta ainda a sua “solidariedade para com os outros estudantes e amigos de Giovanni, também estes vítimas de espancamento na noite de 21 de dezembro”. Assim, Joacine Katar Moreira apela “a que a justiça tenha lugar”.

“Esta vida interrompida pela violência e pelo ódio, seja ele racial ou outro, merece do Estado Português e suas entidades uma ação audível e visível na luta contra a impunidade”, defende a deputada do Livre, acrescentando que “cabe ao Estado garantir a justiça para todos os que se encontrem em território nacional”.

A história de Giovanni “não é a da juventude negra portuguesa, mas sim a história de cada uma e cada um de nós, a história da sociedade portuguesa e da sua incapacidade de ver e sentir como iguais os negros e negras deste país ou que cá se estabelecem para estudar ou trabalhar”, considera ainda.

O jovem cabo-verdiano, de 21 anos, “encontrava-se há apenas dois meses em Portugal para estudar Design de Jogos Digitais no Instituto Politécnico de Bragança, vindo da Ilha do Fogo, em Cabo Verde, para onde está previsto o seu corpo ser transladado”.

 

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