Juan se entristece com racismo em Roma: “não tem o que falar”

 

 

O meio-campista Hernanes marcou o gol da vitória da Lazio sobre a Roma por 1 a 0, neste domingo, mas outro brasileiro foi o principal personagem do confronto e por motivo infeliz. Durante a partida, o zagueiro Juan sofreu insultos racistas no estádio Olímpico de Roma, sendo que a torcida adversária entoava coros de ofensa ao jogador.

O próprio Juan pediu para que os torcedores parassem de xingá-lo e levou o dedo indicador à frente da boca pedindo silêncio. O zagueiro recorreu até mesmo à arbitragem, que nada pôde fazer para evitar os sons ofensivos vindos das arquibancadas. Depois da derrota, cabisbaixo, o brasileiro foi abraçado por companheiros de time e até por adversários, inconformados pela manifestação.

“Esse tipo de coisa nunca tinha acontecido comigo. É terrivelmente decepcionante. Eu já estou aqui na Europa há dez anos e isso nunca tinha acontecido antes. Eu sinto por eles, mas tenho caráter suficiente para não deixá-los me afetar, eles não têm caráter. Isso fica ainda mais triste por causa da camisa que usamos antes do jogo. Não tenho o que falar”, disse Juan em entrevista ao canal Sky Sports.

Jogadores de Lazio e Roma entraram no gramado com mensagens anti-racistas na camiseta, mas nem a apelação dos alto-falantes para que as ofensas cessassem foram suficientes para reprimir a atitude de parte dos torcedores da Lazio.

 

 

 

 

Fonte: Terra

+ sobre o tema

As causas dos distúrbios no Reino Unido

  Da decadência moral à exclusão social, passando...

A Bolha de Violência: O noticiário e a propaganda oficial

Por Luciano Martins Costa A reportagem que faz a...

Casal acusa Starbucks de racismo contra sua filha, confundida com pedinte

O casal Jorge e Tatiane Timi acusa a cafeteria...

Pandemia, segregação racial e as vidas que não importam

O tempo do racismo não é cronológico. O tempo...

para lembrar

spot_imgspot_img

Relatório da Anistia Internacional mostra violência policial no mundo

Violência policial, dificuldade da população em acessar direitos básicos, demora na demarcação de terras indígenas e na titulação de territórios quilombolas são alguns dos...

Aos 45 anos, ‘Cadernos Negros’ ainda é leitura obrigatória em meio à luta literária

Acabo de ler "Cadernos Negros: Poemas Afro-Brasileiros", volume 45, edição do coletivo Quilombhoje Literatura, publicação organizada com afinco pelos escritores Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa. O número 45...

CCJ do Senado aprova projeto que amplia cotas raciais para concursos

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (24), por 16 votos a 10, o projeto de lei (PL) que prorroga por dez...
-+=