Moçambicana lança rap pelos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Enviado por / FonteONU, por Ouri Pota

Cantora Iveth participa em campanha global com título “Leave no one behind” inspirado no discurso da ex-primeira-dama americana Eleanor Roosevelt; nova obra destaca a palavra paz em refrão em português e outras 11 línguas.

Não deixe ninguém para trás, ou “Leave no one behind”, é o título da música da rapper moçambicana Iveth. O título relata o percurso das sociedades pelos seus direitos até a aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em conversa com a ONU News, em Maputo, a cantora citou a arte como ferramenta relevante para alcançar diferentes camadas sociais.

“Então o que nós queremos é, primeiro não deixar ninguém para trás, temos que estar todos juntos neste “Leave no one behind” e avançarmos no que tange aos direitos humanos, ao mesmo tempo que queremos transmitir a mensagem de que os direitos humanos continuam um desafio. Vamos continuar de forma mais abrangente para os jovens e várias camadas sociais com a questão referente à história dos direitos humanos e com muita arte e com muita melodia.” 

Este ano, a ONU marca os 75 anos do tratado internacional com uma campanha global para  mostrar como o instrumento se ajusta às sociedades atuais e promover valores como liberdade, igualdade e justiça. Na introdução, a música apresenta um extrato do discurso de Eleanor Roosevelt, a ex-primeira-dama dos Estados Unidos. Ela foi líder do comitê que redigiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ivete diz que o trecho é um marco simbólico de uma mulher que lutou com esperança  pela observação dos direitos humanos e por isso serve de referência na causa.

Direitos humanos para todos 

“É sempre um marco nesta questão dos direitos humanos e ela já dizia que isto vai constituir a carta, um dia vamos ver a declaração como uma carta universal ou a base para uma carta de direitos humanos a nível internacional. Bom, o objetivo que nós pretendemos é que a mensagem chegue. A mensagem dos direitos humanos não é para uns países é não outros, umas pessoas e não outras, é para todos e estamos a expandir.” 

“Leave no one behind” vai além de uma forma cantada de resumir o percurso das sociedades na luta pelos seus direitos até a aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em declarações à ONU News, Iveth destacou uma parte da letra onde o termo paz aparece em 11 línguas. Ela aponta que este elemento representa a inclusão.

“Leave no one behind” vai além de uma forma cantada de resumir o percurso das sociedades na luta pelos seus direitos até a aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (Cartaz: 7cruzes( Ndigani Mondlane) / Foto: Emilia Studios)

Celebrar os direitos humanos

“É uma das principais músicas para esta campanha global e esta a ser feira em português, uma língua que não é uma língua oficial das Nações Unidas. Está a ser feito por um escritório de um país africano, então, é um sinal muito grande de inclusão. Vamos cantar e celebrar os direitos humanos. Vamos expandir a mensagem para que todos nos possamos receber esta mensagem e ao recebê-la possamos refletir para melhorar o nosso mundo num momento e que a paz e uma das principais mensagens.” 

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 como “um padrão comum de realização para todos os povos e todas as nações”. 

 Em declarações à ONU News, Iveth destacou uma parte da letra onde o termo paz aparece em 11 línguas (Foto: Emilia Studios)

Este ano, eventos, consultas públicas e manifestações artísticas são promovidos pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos em níveis global, regional e nacional.

De Moçambique, a nova música de Iveth conta com a participação de artistas locais como Hot-blaze, Billy Ray e 7Kruzes. A iniciativa está disponível nas plataformas digitais, através do link https://ampl.ink/IvethNoOneBehind.

+ sobre o tema

Gestão Doria desativa serviço de aborto legal do Hospital Jabaquara

Inaugurado em 1989, Hospital Municipal Arthur Ribeiro Saboya foi...

Edital: Fortalecendo Trabalhadores Informais na Luta por Direitos

O Labora - Fundo de Apoio ao Trabalho Digno...

Conselho Curador da EBC define lista de novos integrantes

Pela Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras O Conselho...

Doença falciforme atinge uma a cada 455 pessoas em Salvador

No dia 19 de junho é celebrado o 'Dia...

para lembrar

Dias de Intolerância

A barbárie, no Brasil , não tem lugar nem...

A duras penas

O sistema carcerário brasileiro é um símbolo da omissão do Estado...

A história do ódio no Brasil e a ideia de Leandro Karnal

  por Fred Di Giacomo “Achamos que somos um bando de gente...

Estado terá que indenizar familiares de jovem morto no Carandiru

Decisão do TJ de São Paulo reafirma a responsabilidade...
spot_imgspot_img

Em paralelo à CSW, organizações promovem debate sobre como avançar nas políticas de raça e gênero no mundo

Em paralelo à 69ª Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW69), Geledés-Instituto da Mulher Negra e a ONG Akina Mama wa Afrika (AMwA) promoveram...

Lançamento do livro “Combate ao Racismo no Mercado de Trabalho” reforça a luta por igualdade e inclusão

Na próxima quinta-feira, 20 de março, será lançado o livro "Combate ao Racismo no Mercado de Trabalho", no Sindicato dos Químicos de São Paulo....

ONU acolhe propostas de Geledés em registro oficial da 69ª CSW

Nesta segunda-feira, 10 de março, ocorreu a abertura da 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, na sede da Organização das Nações...
-+=