Fonte: Rede Pró Brasil –
O Brasil apresenta o melhor Índice de Clima Econômico (ICE) entre os países da América Latina, os Brics (grupo que, além do Brasil, inclui Rússia, Índia e China) e as principais nações desenvolvidas.
Em outubro, o indicador brasileiro registrou 7,4 pontos — — o maior nível da série histórica iniciada em 1990 e também o mais alto entre os 25 países pesquisados —, ante 5,5 em julho, na última avaliação.
O ICE mede a avaliação que especialistas fazem do cenário atual e das perspectivas para o futuro econômico do país.
O resultado brasileiro influenciou o desempenho da América Latina, que avançou de 4 para 5,2 pontos. Na média, o ICE mundial ficou em 5,1 pontos. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que, em parceria com o Instituto Alemão IFO, desenvolve a sondagem na América Latina.
— A sondagem indica que a recuperação da economia mundial se iniciou pelos países em desenvolvimento, como o Brasil — disse Lia Valls, da FGV.
O ICE se divide em dois outros índices — o da Situação Atual (ISA) e o de Expectativas (IE). No caso do Brasil, a avaliação sobre a situação atual passou de 4,3 para 6,4 pontos. Nas expectativas para o futuro, a alta foi de 6,6 para 8,4 pontos.
— Os números mostram que o país já passou da fase da recuperação e agora vive um momento de boom. O que é consequência de indicadores macroeconômicos positivos como emprego, renda e inflação — disse Lia, ressaltando que o ICE da América Latina, que vinha caindo desde julho de 2007, atingiu em janeiro deste ano o menor nível da série (2,9 pontos).
Pela sondagem, Brasil, Peru e Uruguai estão na fase de boom. Argentina e Paraguai saíram da recessão e entraram no ciclo de recuperação.
Segundo Lia, a maioria dos países desenvolvidos encontrase na fase de recuperação do ciclo econômico. Nos EUA, por exemplo, o clima econômico é de 5 pontos, acima de Japão, Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia (UE).
Para OCDE, Brasil vai crescer 4,8% em 2010 Já a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) previu ontem que o Brasil crescerá 4,8% em 2010 e 4,5% em 2011, após apresentar estabilidade este ano. Segundo relatório da entidade, a Ásia lidera a melhora econômica mundial, mas o desemprego e as elevadas dívidas dos países ricos estão limitando uma recuperação plena.
Segundo a OCDE, os países ricos devem se preparar para uma saída gradual dos patamares recordes de baixa dos juros e das políticas fiscais expansionistas quando a recuperação estiver mais forte. A OCDE elevou sua previsão de expansão econômica global em 2010 para 3,4%, ante prognóstico de 2,3% feito em junho. Para 2009, a estimativa é uma queda de 1,7%.
— Estamos vendo um cenário no qual o desastre foi evitado, mas que envolve crescimento lento e desemprego alto — disse o economista-chefe da entidade, Jorgen Elmeskov
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