Paim divulga pesquisas sobre discriminação contra mulheres, negros e pessoas com menos escolaridade

Pesquisas que comprovam que as mulheres ganham, em média, 20% a menos que os homens, que as pessoas com nível superior recebem mais do queaquelas não cursaram uma faculdade, e ainda que as pessoas negras sofrem mais discriminação em vários campos levaram o senador Paulo Paim (PT-RS) aocupar a tribuna nesta sexta-feira (1º).

Em seu pronunciamento, Paim explicou que pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2009, o salário médio pago aos homens foi de 3,6 salários mínimos, enquanto que as mulheres ganharam 2,9 salários mensais em média.

– Infelizmente, as mulheres ainda são discriminadas e, apesar dos grandes avanços que tivemos, esses dados provam que precisam vir mais mudanças por aí – destacou Paim.

O mesmo IBGE, segundo Paim, confirmou a diferença salarial de até 225% entre pessoas com distintos níveis de escolaridade. Conforme a pesquisa, em 2009, pessoas com diploma de nível superior ganhavam, em média, 7,8 salários mínimos, enquanto que a remuneração dos trabalhadores sem nível superior era de 2,4 salários mínimos.

– Isso comprova que é fundamental que nossa juventude entenda a importância do nível superior, cada vez mais exigido para se ter um salário digno – afirmou o senador.

Com relação aos negros, Paim disse que dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Ministério da Saúde confirmam a grandediscriminação sofrida por essa camada da sociedade. Pelos números divulgados, a população negra é majoritária no Brasil, mas também é mais jovem, tem mais filhos e está mais exposta à mortalidade por violência do que a população branca.

Em seu pronunciamento, o parlamentar lembrou que os dados não são nenhuma novidade, mas complementou:

– Julguei importante frisar novamente essa questão, para que não fechemos os olhos às diferenças – explicou Paim, ao defender a justiça social como uma prática que deve ser exercida por todos – indivíduos, sociedade e Estado.

 

 

Fonte: INESC

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