Porque marcham as mulheres negras?

Programa

O ciclo propõe refletir acerca do papel da mulher negra na sociedade brasileira contemporânea através de aspectos como ancestralidade, estereótipos raciais e de gênero, mobilização social e outros.

Do Sesc

13/10 – Desconstruindo imagens estagnadas

Os estereótipos acerca das mulheres negras, como a hipersexualização, subalternidade e agressividade, ainda são frequentes nas produções culturais, na mídia e nos veículos de comunicação. Hoje, a partir de marcos legais, da atuação de artistas, produtores culturais e dos movimentos sociais – especialmente as feministas negras – há uma significativa produção de um contradiscurso que visa desconstruir essas imagens estagnadas.

 

Com Conceição Evaristo e Helena Theodoro. Mediação de Kelly Adriano de Oliveira.

 

14/10 – Iyalodês em luta pela preservação da ancestralidade

As Iyalodês são por excelência as guardiãs da cultura afro-brasileira. São lideranças femininas ligadas – em grande parte, mas não só – às religiões de matriz africana. A partir das vivências e pesquisas das palestrantes serão discutidas as contribuições das mulheres negras para a preservação e difusão da cultura afro-brasileira. Como a cultura tradicional – ancestralidade, oralidade, identidade – pode subsidiar marcos civilizatórios entre as gerações a partir do olhar e da atuação de mulheres negras.

 

Com Vilma Piedade e Kiusam de Oliveira. Mediação de Alessandra Ribeiro Martins

 

15/10 – De corpo e alma: violência simbólica e adoecimento

O adoecimento emocional gerado pelo racismo é um campo ainda negligenciado pelos estudos acadêmicos, embora tenham surgido nos últimos anos mais estudos que enfrentam a questão. Racismo e sexismo produzem um tipo de violência simbólica que leva mulheres negras ao adoecimento emocional e físico. Maria Lúcia Silva e Lucia Xavier discutem os mecanismos geradores dessa condição.

 

Com Maria Lúcia da Silva e Lucia Xavier. Mediação de Mafoane Odara.

 

16/10 – Nossos passos vem de longe: herdeiras de Lélia Gonzalez

Lélia Gonzalez, antropóloga e uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU), deu importante contribuição para a formação de uma consciência crítica em relação aos preconceitos que mantém mulheres negras em desvantagens na sociedade. Tendo como ponto de partida a sua trajetória, serão discutidas nesse encontro, as manifestações mais recentes empreendidas pelos grupos e organizações de mulheres negras.

 

Com Dulce Maria Pereira e Sueli Carneiro. Mediação de Gevanilda Santos.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

Palestrantes

1

Sueli Carneiro

Doutora em Educação (USP). Coordenadora executiva do Geledés – Instituto da Mulher Negra.

2

Kelly Adriano Oliveira

Doutora em Ciências Sociais (UNICAMP). Gerente-adjunta da Gerência de Ação Cultural do Sesc São Paulo.

3

Kiusam de Oliveira

Doutora em Educação e Mestre em Psicologia pela Universidade de São Paulo. Arte-educadora que tem atuado como contadora de histórias da mitologia afro-brasileira.

4

Conceição Evaristo

Doutora em Literatura Comparada pela UFF, autora de “Ponciá Vivêncio” (2003) e “Olhos d’água” (2015).

5

Helena Theodoro

Escritora. Mestre em Educação e Doutora em Filosofia. Pesquisadora de cultura afro-brasileira.

6

Vilma Piedade

Especialista em Literatura Brasileira-Ciência da Literatura pela UFRJ. Atua na articulação política, mobilização e formação na temática Racial e de Gênero junto a RENAFRO – Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.

7

Maria Lúcia da Silva

Psicóloga e psicoterapeuta do Instituto AMMA Psique e Negritude.

8

Lucia Xavier

Assistente social, formada pela Faculdade de Serviço Social da UFRJ. Coordenadora Técnica da ONG. Crioula – RJ.

9e

Dulce Maria Pereira

Arquiteta com especialização em Comunicação social. Foi presidente da Fundação Cultural Palmares (1996-2000).

10e

Alessandra Ribeiro Martins

Doutoranda em Urbanismo na PUC – Campinas. Gestora da Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira e Liderança da Comunidade Jongo Dito Ribeiro, reconhecido pelo IPHAN em 2005 como Patrimônio Cultural Nacional.

square

Mafoane Odara

Mestre em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo e ativista em Direitos Humanos. Coordenou a Plataforma de Inovações para Juventude da Ashoka Brasil por sete anos e assumiu recentemente a Gerência de Educação e Mobilização para a transformação do Instituto Arapyaú.

11e

Gevanilda Santos

Mestre em sociologia pela PUC-SP, fundadora da Soweto Organização Negra.

 

Seviços:

Data

13/10/2015 a 16/10/2015

Dias e Horários

Terça a Sexta, 14h às 17h.

Local

Valores

R$ 18,00 – credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes

R$ 30,00 – pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante

R$ 60,00 – inteira

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