Preconceitos Subliminares

 

Podemos definir o preconceito como uma atitude negativa que um indivíduo está predisposto a sentir, pensar, e conduzir-se em relação a determinado grupo de uma forma previsível.

Das sensações, podemos citar um sentimento de impotência ao se tentar mudar alguém com forte preconceito, em uma ideia fixa, quase que de megalomania, em que se considera melhor que o outro em tudo, muitas vezes, de forma inconsciente.

O que é diferente não merece espaço para o convívio dos que se julgam melhores, e as críticas internas são tão severas quanto as que são expostas.

Segundo Allport (1954) o preconceito é o resultado das frustrações das pessoas, que, em determinadas circunstâncias, podem se transformar em raiva e hostilidade.

Já para Adorno (1950), a fonte do preconceito é uma personalidade autoritária ou intolerante. Pessoas autoritárias tendem a ser rigidamente convencionais.

No entanto, há que se considerar que o preconceito é inerente ao homem, visto que as crianças possuem uma tendência a avaliar de maneira mais favorável pessoas parecidas com elas, e menos favorável aquelas que são diferentes.

Por isso, dizemos que o comportamento humano possui raízes irracionais que desconhecemos, segundo os estudos de Mahzarin Banaji, psicóloga social e professora do departamento de psicologia da Havard University.

Dessa forma, podemos dizer que aceitamos mais as pessoas que se parecem conosco do que as que são diferentes de nós. E isso nada tem a ver com os juízos de valor ligados à bondade ou maldade. Talvez, o ser humano aja desse jeito devido à experiência, ou falta de contato com o que é diferente, conforme estudo da própria Banaji.

Ainda segundo Banaji, o preconceito é comum, está oculto e continua ativo fora do plano consciente, mesmo em pessoas com visão de mundo genuinamente igualitária. Existem ainda estudos que revelam que algumas pessoas demonstrarão preconceito só porque temem demonstrá-lo.

Pesquisando a respeito do assunto, encontrei um relato sobre preconceito no blog Recanto das Letras, conforme segue:

preconceito1

preconceito2

preconceito3

preconceito4

Não há motivo de nos envergonharmos quando reconhecemos um preconceito latente em nós. O que nos cabe é investigar suas origens, encontrarmos a causa e, a partir desse conhecimento, passarmos a conviver com tudo o que foge ao nosso padrão a fim de quebrarmos aquilo que julgamos como sendo nosso lado obscuro, ou nossa sombra ‘negativa’, segundo Carl Jung.

‘Chamamos de estereótipo, o conjunto de crenças que dá a imagem simplificada das características de um grupo ou dos membros de um grupo. Os estereótipos são crenças a propósito de características, atributos e comportamentos dos membros de determinados grupos, são formas rígidas e esquemáticas de pensar que resultam de processos de simplificação e que se generalizam a todos os elementos do grupo a que se referem. (…)

… De uma forma mais empírica ou menos científica, estereótipos são as imagens que nos aparecem de imediato na cabeça quando mencionamos um nome, por exemplo burro, a par daquilo que caracteriza esse mesmo nome. Na base dos estereótipos, colocamos os indivíduos que nos rodeiam em “gavetas” , o que nos permite, de uma forma rápida e econômica orientarmo-nos na vida social’. (Trecho retirado do blog http://psicologia-12abc.blogspot.com.br/2009/01/esteritipos.html)

São esses estereótipos que introduzem os preconceitos ao nosso dia a dia. Estes produtos inconscientes, quando se deslocam para o nosso consciente, podem ser trabalhados de forma peculiar, de acordo com a vontade que se tem ou não de mudar.

Por: Michelly Ribeiro

 

Fonte: Michelly Ribeiro

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