Alunas da escola Djalma Pessoa, em Salvador, na Bahia, denunciaram um professor de geografia que tinha o hábito de assediá-las através da internet. Ele adicionava as alunas no Facebook (alunas menores de idade, importante ressaltar), começava o bate-papo informal e depois partia para os assédios.
Ele costumava chamar as alunas de “delícia”, “linda” e obviamente elas acabavam desconversando por não saberem como se comportar numa situação dessa.
Por Rayssa Gimenes, para ONDDA
Após juntarem provas com os prints das conversas, as alunas se uniram e denunciaram o professor ao Ministério Público, à OAB da Bahia e ao Ministério da Educação. Antes mesmo de qualquer medida oficial ser tomada, o professor saiu da escola alegando ter passado no exame da OAB como advogado.
Apesar disso, uma das alunas afirma que ele continua dando aulas em outra instituição e muitas meninas que sofreram o assédio têm medo de denunciar porque ele é muito conhecido e influente na área da educação. Essa mesma aluna comentou que questionou o professor certa vez sobre as mensagens que ele enviou para ela, ele negou e disse que havia deixado seu Facebook aberto e outra pessoa havia escrito aquilo. Depois ele entrou em contradição e alegou ter enviado as mensagens para a pessoa errada.
O Sesi Bahia é o responsável por essa escola particular e sua assessoria de imprensa emitiu a seguinte nota:
“O Sesi Bahia tomou conhecimento, nesta segunda-feira, 2 de janeiro de 2017, por meio das redes sociais, de suposto assédio praticado por professor de uma de suas escolas contra uma aluna.
Diante da gravidade do assunto, o Sesi Bahia determinou a apuração imediata e a adoção de todas as providências cabíveis.O Sesi Bahia repudia incondicionalmente qualquer ato de desrespeito à pessoa e está integralmente comprometido com os valores estabelecidos no Código de Conduta Ética da entidade, que coíbe toda e qualquer prática de assédio, violência e desrespeito ao indivíduo”.
Confira alguns prints das conversas: