O Rio tem a segunda maior população negra entre as cidades brasileiras, segundo o IBGE. Mas, o racismo está presente na infraestrutura, nos serviços e na falta de acesso dos negros a direitos sociais.
De acordo com estudo do Grupo Novos Ilegalismos (Geni/UFF), este ano já ocorreram 16 chacinas em operações policiais na cidade, com 85 mortes. E 75,5% das vítimas eram negros.
Entre outros dados que apontam para o racismo estrutural, os negros são maioria entre os que não tem acesso à moradia e aos sistemas de Saúde, de Educação e de Transportes. Dos 16,68% dos cariocas estão passando fome, 37,8% são negros, de acordo com a FGV.
Para tentar mudar esse quadro, a cidade sediará, nos dias 1º e 2 de setembro, a primeira edição do congresso “Rio, uma cidade antirracista”, que vai discutir as condições em que vive a população negra carioca.
Do encontro sairão propostas para a “Carta antirracista” e o Plano Diretor da cidade, com a participação de organizações como PerifaLab, Coordenadoria de Promoção à Igualdade Racial, Instituto de Arquitetos do Brasil, Conselho de Arquitetura e Urbanismo, ONU-Habitat, entre outras.