Servidores públicos de SP organizam “bota fora” contra Serra

Cerca de 40 entidades de funcionários públicos de São Paulo marcaram um protesto para quarta-feira, 31 de março, dia em que José Serra (PSDB) sai do governo paulista para disputar a eleição presidencial.

Chamado de “bota-fora do Serra”, o protesto é organizado por sindicalistas do Conselho de Política de Administração e Remuneração de Pessoal, fórum de negociação salarial entre o funcionalismo e o governo estadual.

A manifestação está marcada para as 12h de quarta-feira no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Duas horas depois começa no mesmo local a assembleia da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo), que decidirá se mantém a greve iniciada no dia 8 de março. Depois da assembleia, o “bota fora” continua com uma passeata até o centro de São Paulo.

A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, afirmou que, apesar da participação do sindicato, a manifestação é independente da greve dos professores. Segundo ela, o protesto é uma liberdade de expressão do funcionalismo.

O organizador da manifestação, Angelo D´Agostini, que é diretor Sindsaúde (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo), negou o caráter partidário do evento. “Nós não estamos indicando votos para ninguém”, afirmou.

De acordo com o sindicalista, o movimento quer mostrar a situação do funcionalismo público do estado. “É um dever nosso mostrar para a população que o servidor ganha um vale-refeição de R$ 4 por dia.” O Sindsaúde marcou para o mesmo dia uma assembleia na qual decidirá se entrará em greve.

A reportagem procurou o governo de São Paulo, que não ainda não se manifestou sobre o protesto dos servidores.

Na sexta-feira, Maria Izabel Azevedo Noronha admitiu que a greve da categoria é política. Mas negou que tenha relação com o PT. “É política, mas não é partidária”, disse ela sobre a paralisação.

Após comandar uma manifestação nas imediações do Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da cidade, a sindicalista fez várias críticas ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

“Esse senhor não vai ser presidente do Brasil”, afirmou ela. “Se for eleito vai acabar com imagem que Brasil conquistou lá fora.”

No protesto, ela disse que a categoria deveria aproveitar os últimos dias do governo Serra para protestar. Cerca de 5.000 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram do protesto que acabou com 20 feridos depois de um confronto entre policiais e professores.

+ sobre o tema

Kamala supera expectativas e encurrala Trump no debate

Na categoria previsões furadas, o governador da Flórida, o...

Caso Marighella: MPF pede condenação de 37 ex-agentes da ditadura

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma nova ação...

“A gente precisa sair desse luto e ir para a luta”, diz Macaé Evaristo

Depois de ser anunciada como a nova ministra dos Direitos...

para lembrar

Após ser cassado na Câmara de Curitiba, Renato Freitas (PT) é eleito deputado estadual

O ex-vereador de Curitiba Renato Freitas (PT) foi eleito deputado estadual...

Lula diz que fez sugestão de nomes para governo de Dilma Rousseff

Redator: Fábio Mendes O presidente Luiz Inácio Lula...

Orange is The New Black: Quando nem tudo será sobre pessoas brancas?

  ATENÇÃO: Este texto contém spoilers da quarta temporada de...

Os inaposentáveis: o limbo da Previdência brasileira

15% dos trabalhadores com mais de 60 anos não...

Esther Dweck assume interinamente Ministério dos Direitos Humanos

Após demitir Silvio Almeida do cargo de ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), em meio a denúncias de assédio sexual, o presidente...

Comunicado sobre a demissão do ministro Silvio Almeida

Nota à Imprensa Diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convocá-lo para uma conversa no Palácio do Planalto, no início...

Anielle confirma a ministros ter sido vítima de assédio de Silvio Almeida

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi ouvida por colegas ministros no Palácio do Planalto nesta sexta (6). Ela confirmou que foi vítima...
-+=