Trazendo vivências periféricas, negras e de terreiro, Odídere apresenta seu primeiro álbum intitulado Presságio

Enviado por / FonteEnviado ao Portal Geledés

O EP composto por sete faixas, majoritariamente com composições autorais, chega no dia 08/10 em todas as plataformas digitais

“Presságio”. O título do primeiro álbum do Grupo Odídere pode ser entendido como aquilo que antecede algo. Um aviso. Uma prece. Um cuidado. Em tempos em que se questiona o existir e se espera mais leveza, o EP chega no tempo de se espiralar Exu, orixá que inspirou a feitura deste álbum.  O lançamento em todas as plataformas digitais acontece na sexta-feira (08). 

Expondo a potência das manifestações artísticas do candomblé e a vivência periférica, o álbum é composto por sete faixas – seis delas autorais e uma releitura. A música “Primeiro Aviso”, vem para mostrar que Exu está em tudo e em todos os momentos. Já as canções, “Tratores” e “Levante”, falam sobre as dificuldades de se manter firme diante as violências motivadas pelo racismo, e como o conhecimento ancestral pode ser também rota de fuga.

Formado por Adriana Miranda, Filipe Fontes, e Victor Motta, o Grupo Odídere surge a partir da necessidade do encontro em compartilhar vivências tendo a música de terreiro como fio condutor desta relação com o universo das artes. O encontro destes artistas negres e LGBTQIA+,  que vêm do teatro, caminha para experienciar outras possibilidades e encarar novos desafios. 

Para Adriana Miranda, idealizadora do projeto, “Cantar é sinônimo de guerrilha, é evocar o passado para dançar com ele no presente, é firmar o pé na terra e se plantar esperando que colham o fruto, é abrir a boca para falar e manter a cabeça saudável”, contou.

 “Presságio” conta com a ilustração de “Mateus Augustinho” que já ilustrou singles da cantora baiana Mariene de Castro,  também é o que desenha a capa do EP e o logo do grupo. A Ialorixá Claudinha Rosa de Oyá, também marca presença com sua voz e ensinamentos em uma das faixas do EP. Alinexú, poeta periférica e dona da página “Maternidade Sapatão”, divide uma de suas poesias na faixa “Primeiro Aviso”. 

O EP foi foi contemplado pela 17ª edição do VAI – Programa para Valorização de Iniciativas Culturais, também traz o Rudah Felipe ( percussão), Natália Ortega (Violoncelista), Marcus Felipe – Meninão (guitarrista e engenheiro musical), Mauá Martins e Rodrigo Mercadante ( orientadores vocais)   somam nesse trabalho. Já a produção musical fica por conta de Agrício Costa, cantor, compositor e produtor.  

Presságio –  O EP surge a partir do encontro com a Coletiva Inã – grupo formado por três mulheres negras, Adriana Miranda, Jéssika Tenório e Viviane Maísa, que convidou Filipe Fontes e Victor Motta para escrever o Edital do Programa VAI 2020. A proposta inicial de trabalho se baseava em envolver música, festival, e Exu.

Assim surgiu o projeto “Gira a força da encruzilhada” que tinha como proposta inicial promover um festival nomeado “Festival Gira” com diversos grupos que trabalhassem a temática negra e de pesquisa para com as manifestações artísticas do candomblé. Com a pandemia, o projeto é reorganizado para atuar em duas frentes: com o documentário “Encontros” com estreia marcada para outubro e o EP musical “Presságio”. 

Ficha Técnica:

Vozes : Adriana Miranda, Filipe Fontes e Victor Motta

Composições musicais: Adriana Miranda, Filipe Fontes e Victor Motta

Participações especiais:  Alinexú e Ialorixá Claudinha Rosa de Oyá

Violão: Victor Motta e Agrício Costa

Direção Musical/Produção Musical  e arranjos : Agrício Costa

Produção Executiva : Jessika Tenório

Assistência de produção : Viviane Maísa

Orientação Vocal : Mauá Martins

Arranjo Vocal: Rodrigo Mercadante

Violoncelo – Natalia Ortega

Percussão – Rudah Felipe

Guitarra: Marcus Felipe “Meninão”

Captação, Edição, Mixagem e Masterização: Marcus Felipe D’ Antonio – MF7 produções musicais

Ilustração:  Mateus Augustinho

Designer Gráfica:  Thais Farias

Mídias sociais: Filipe Fontes

Fotografia : Aman Rodrigues

Figurino : Felipe Cruz

Serviço: 

Lançamento Presságio

Data: 08 de outubro de 2021

Local: Em todas as plataformas digitais

** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ARTICULISTAS DO PORTAL GELEDÉS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. PORTAL GELEDÉS OFERECE ESPAÇO PARA VOZES DIVERSAS DA ESFERA PÚBLICA, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE DO DEBATE NA SOCIEDADE.

+ sobre o tema

Semana Tereza de Benguela discute o mundo do trabalho da mulher negra

Uma reunião de mulheres negras que têm o objetivo...

Músico cria projeto para preservar tradições em comunidade quilombola

Comunidade quilombola de Marinhos, em Brumadinho, na Região Metropolitana...

Centenário de Carolina Maria de Jesus

por Laura Macedo Carolina Maria de Jesus * 14/3/1914 - Sacramento...

para lembrar

Profissionais negros reinventam suas carreiras na TV e avaliam a importância da discussão racial

No Dia da Consciência Negra, o gshow conversou com artistas que compartilham...

Herói na luta mundial contra o racismo manda recado para Aranha

Amigo pessoal de Nelson Mandela e único negro no...

Universidade abalada por racismo na África do Sul

Algumas semanas depois de uma estátua de Cecil John...

Um regresso ao passado em Gorée. Não em nosso nome

No decorrer da sua visita de Estado ao Senegal...
spot_imgspot_img

Clara Moneke: ‘Enquanto mulher negra, a gente está o tempo todo querendo se provar’

Há um ano, Clara Moneke ainda estava se acostumando a ser reconhecida nas ruas, após sua estreia em novelas como a espevitada Kate de "Vai na...

Em junho, Djavan fará sua estreia na Praia de Copacabana em show gratuito

O projeto TIM Music Rio, um dos mais conhecidos festivais de música no país, terá como uma de suas atrações, no dia 2 de...

Peres Jepchirchir quebra recorde mundial de maratona

A queniana Peres Jepchirchir quebrou, neste domingo, o recorde mundial feminino da maratona ao vencer a prova em Londres com o tempo de 2h16m16s....
-+=