O governo do Estado de São Paulo dá mostras de ter perdido o controle da violência, desde aquele momento em que a Rota foi escalada para combater as organizações criminosas do Estado.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o número de vítimas de homicídios em fevereiro teve, novamente, crescimento em relação ao mesmo período de 2012. Em fevereiro de 2012 o número de vítimas de homicídios dolosos foi de 346 mortes. Já em 2013, esse número cresceu para 391. Um crescimento de 13%.
Dessa forma, o ano de 2013 já acumula um total de 846 mortes por homicídio doloso, apenas nos dois primeiros meses do ano, uma taxa de 2 mortes para cada grupo de 100.000 habitantes, considerando-se a população de 41.262.199 habitantes, segundo dados populacionais do IBGE, em 2010.
Em termos de vítimas de homicídios, o ano de 2013 tem sido, até agora, o mais violênto, se comparado ao mesmo período dos doi últimos anos, quando 2012 acumulou entre janeiro e fevereiro 732 mortes, e 2011 registrou 728 mortes nos mesmos meses.
Após alguns anos de queda, desde o início de 2012 o número de vítimas de homicídios dolosos vem crescendo em todos os trimestres. No que tange aos meses de janeiro e fevereiro dos últimos dois anos, percebe-se uma leve queda entre o segundo mês do ano entre 2011 e 2012. Esse número voltou a crescer, porém, entre 2012 e 2013.
O número de vítimas de latrocínio em fevereiro também obteve um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 30 para 33.
Houve, também, crescimento de 2,5 % no número de estupros dentro do estado de São Paulo. Em fevereiro de 2012 foram registrados 1031 casos de estupros, já em 2013 esse número subiu para 1057.
O governo do Estado de São Paulo dá mostras de ter perdido o controle da violência, desde aquele momento em que a Rota foi escalada para combater as organizações criminosas do Estado. Talvez essa tenha sido uma das decisões mais prejudiciais para a imagem do governo. Suas nefastas consequências continuam presentes, apesar dos esforços do governo para reverter o quadro (a troca do secretário da segurança, é um exemplo).
Luiz Flávio Gomes é jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil
Fonte: Carta Maior