Diferenças que causam dor na cidade ‘formal’ e na favela

Com tantas questões difíceis e um turbilhão de acontecimentos, escrever fica mais difícil, porque fazer a seleção sobre o que falar  é tarefa inglória.

Por Mônica Francisco Do Jornal do Brasil

Vou participar de um painel sobre a “visão da favela”. Preferia que fosse o olhar da favela e de seus moradores. Ou até mesmo o olhar dos “outros”, sobre ela.

Escrevi aqui há um tempo atrás que a favela ainda se constitui em um grande problema para esta sociedade.

Ainda não encontramos o caminho para a verdadeira e real”inclusão” da favela na cidade. A cidade tem, em caráter de urgência, rever sua relação com a favela.

Estamos caminhando em uma direção, onde fica cada vez mais perigoso não fazer essa reflexão e caminhar a passos largos para uma ação efetiva nesse sentido.

Em um ato , organizado pelo Fórum de Manguinhos, movimento social que atua e agrega um número diverso de moradores e instituições, mães falaram da dor  de perder seus filhos.

Refleti que dor é igual para todos e todas. A diferença, nós todos é que temos de fazer, para diminuir cada vez mais as diferenças, que continuam e certamente continuarão a produzir mais dor, tanto para a cidade dita formal, quanto para sua face mais violada, a favela.

“A nossa luta é todo dia. Favela é cidade. Não aos Autos de Resistência, à GENTRIFICAÇÃO e ao RACISMO, ao RACISMO INSTITUCIONAL, ao VOTO OBRIGATÓRIO e à REMOÇÃO!”

*Membro da Rede de Instituições do Borel, Coordenadora do Grupo Arteiras e Consultora na ONG ASPLANDE.(Twitter/@ MncaSFrancisco)

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