Pela primeira vez na história dos Estados Unidos, uma nota de dólar terá uma mulher estampada. A figura da ex-escrava Harriet Tubman será impressa na cédula de US$ 20, após a ONG Women On 20s fazer uma campanha pedindo ao presidente Barack Obama para trocar o retrato. Ela foi escolhida por mais de 600 mil votantes.
Segundo a campanha, na votação, Harriet rivalizou com Eleanor Roosevelt (embaixadora, ativista dos Direitos Humanos e primeira-dama dos EUA, era mulher de Franklin Roosevelt, que estampa a nota de US$ 5) e Rosa Parks (ativista do movimento negro norte-americano, que teve uma participação emblemática na história dos EUA, por ter se negado, em 1955, a ceder lugar a brancos em um ônibus. Rosa foi detida e levada para a prisão, pois na época, negros e brancos tinham lugares separados pela lei).
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Harriet Tubman (1822-1913) nasceu escrava e em sua fuga orientou cerca de 300 escravos para a liberdade. Ficou conhecida por Black Moses, foi abolicionista, humanitária durante a Guerra Civil dos Estados Unidos da América, que lutou pela liberdade, contra a escravidão e o racismo.
Depois de escapar do cativeiro, ela fez treze missões para resgatar setenta escravos utilizando da rede de ativistas abolicionistas e abrigos conhecida como a “Underground Railroad”. Ajudou John Brown a recrutar homens em seu ataque a Harpers Ferry, e no pós guerra lutou pela inclusão das mulheres no sufrágio.
Brasil já teve duas mulheres em suas notas:
A primeira mulher a figurar em uma cédula brasileiras foi a Princesa Isabel, que ficou marcada na história por ter assinado a Lei Áurea. A nota trazia na parte frontal a imagem da Princesa Isabel (1846-1921), filha de Dom Pedro II. Na parte posterior, há o painel o quadro Lei Áurea, de autoria de Cadmo Fausto de Souza. A cédula ficou em circulação de 13.02.67 a 30.06.72.
O retrato da escritora Cecília Meireles (1901-1964) estampou a cédula de 100 Cruzados Novos. Segundo o Banco Central, a reprodução utiliza desenho de sua autoria, ao qual se sobrepõe em alguns versos manuscritos extraídos de seus “Cânticos”. O verso, tem uma gravura que representa o universo da criança, suas fantasias e o momento da aprendizagem. O painel é completado, à direita, com a reprodução de desenhos feitos pela escritora, representativos de seus estudos e pesquisas sobre folclore, músicas e danças populares.
A cédula ficou em circulação no País de 19.05.89 a 30.09.92.
Foto em destaque: Reprodução/ UOL