Uganda desiste de aplicar pena de morte para homossexuais

Governo não vai mais propor ao Parlamento esse tipo de punição após pressão de doadores estrangeiros ao país.

No G1

Refugiados LGBT de Uganda e outros países da África se protegem em campo no Quênia (Foto: Thomson Reuters Foundation/Reuters)

Uganda não vai mais impor pena de morte para quem praticar relações homossexuais, anunciou um porta-voz da Presidência nesta segunda-feira (14) à agência Reuters.

O governo do país africano anunciou na quinta-feira passada a intenção de apresentar ao Parlamento proposta para restabelecer a pena de morte para homossexuais. No entanto, o projeto recebeu críticas pelo mundo – inclusive de empresas que doam para Uganda.

“Não há planos do governo de introduzir uma lei como essa”, disse à Reuters o porta-voz da Presidência Don Wanyama.
Ainda assim, Uganda ainda pune relações homossexuais com prisão perpétua – uma lei que remonta à época da colonização britânica do país.

Brunei também desistiu

Em maio, o sultão de Brunei, Hassanal Bolkiah, suspendeu, ao menos temporariamente, a determinação de aplicar a pena de morte a gays.

O pequeno país do sudeste asiático foi alvo de críticas quando apresentou sua interpretação da lei islâmica, a sharia, em 3 de abril, punindo a sodomia, adultério e estupros com morte. A determinação transformou o sexo homossexual, dentre outras “infrações”, em crime punível com apedrejamento até a morte.

A medida anunciada pelo sultão indica que ele quer amenizar a indignação internacional liderada por celebridades como George Clooney e Elton John.

O Brunei tem consistentemente defendido seu direito de implementar as leis, que tiveram elementos adotados inicialmente em 2014 e que, desde então, vêm sendo introduzidas em fases.

+ sobre o tema

Entre presidentes de empresas no Brasil, apenas 13% são mulheres, revela pesquisa

Deste percentual, somente 1% é composto por negras. Estudo...

O Mascu do Congresso

Para quem não sabe o que é um *mascu,...

“A doença masculina”

Não me lembro como cheguei a este áudio/vídeo do George Carlin,...

Mostra que homenageia mulheres negras é prorrogada até junho

Exposição traz imagens do fotógrafo Kraw Penas de 10...

para lembrar

Central do Brasil recebe campanha de combate ao assédio sexual no transporte público nesta sexta

Público receberá orientações sobre como agir e vítimas serão...

Mulheres se unem nas redes sociais para frear Bolsonaro

Grupo de discussão no Facebook atrai mais de meio...

Carla Akotirene: de cordeira do Ilê Aiyê a intelectual festejada

“O aplauso é importante para o nosso Ori”. E...

Transfobia ainda é obstáculo para o acesso de pessoas trans ao mercado formal de trabalho

Iniciativas nas esferas pública e privada, como a Rede...
spot_imgspot_img

Universidade é condenada por não alterar nome de aluna trans

A utilização do nome antigo de uma mulher trans fere diretamente seus direitos de personalidade, já que nega a maneira como ela se identifica,...

O vídeo premiado na Mostra Audiovisual Entre(vivências) Negras, que conta a história da sambista Vó Maria, é destaque do mês no Museu da Pessoa

Vó Maria, cantora e compositora, conta em vídeo um pouco sobre o início de sua vida no samba, onde foi muito feliz. A Mostra conta...

Nath Finanças entra para lista dos 100 afrodescendentes mais influentes do mundo

A empresária e influencer Nathalia Rodrigues de Oliveira, a Nath Finanças, foi eleita uma das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo pela organização...
-+=