O próximo mundial de futebol na África do Sul oferece oportunidade para reavaliar a questão do racismo no esporte e para reforçar o grande potencial do evento no combate à xenofobia e outras formas de intolerância na sociedade.
A afirmação está em mensagem divulgada pela Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, em razão do Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, celebrado neste domingo, 21 de março. Ela afirmou que o simbolismo do mundial de futebol é muito importante. Pillay relembrou que o evento será realizado pela primeira vez na África e, justamente em uma nação que durante muitos anos praticou uma política de racismo institucionalizado.
A Alta Comissária da ONU ressaltou que a decisão de organizar o mundial na África do Sul foi o fator de escolha do tema para as comemorações do Dia Internacional para a Eliminação do Racismo. Xabier Celaya, porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, afirmou à Rádio ONU, de Genebra, que Navi Pillay enfatizou na mensagem os vários incidentes de racismo que têm sido registrados nos últimos anos em campos de futebol do mundo.
“Pillay disse que o racismo no esporte é um problema em muitos países e muitas modalidades esportivas. Ela pediu aos dirigentes para seguirem o exemplo de duas das principais autoridades do futebol, a Fifa e a Uefa, e planejarem campanhas sérias para erradicar o racismo do esporte em nível local, nacional e internacional”, relatou Celaya.
O Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, comemorado em 21 de março, marca o aniversário do massacre de Sharpeville, quando dezenas de manifestantes pacíficos, que protestavam contra o apartheid, foram mortos pela polícia sul-africana.
Fonte: Terra