Crimes motivados por xenofobia e racismo serão punidos com 12 a 30 anos de prisão

A Câmara aprovou nesta quarta-feira (12) o projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo e determina pena de até 30 anos de reclusão.

na Folha

Após mais de duas horas de discussão, os deputados definiram como terrorismo a prática de atos “por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terroro social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”.

Uma das principais divergências em torno da matéria foi sobre à possibilidade de criminalizar os movimentos sociais e tipificar manifestações como atos de terrorismo.

Para solucionar esse impasse, o relator, Artur Oliveira Maia (SD-BA) incluiu um parágrafo no qual destaca que o dispositivo “não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou categoria profissional”.

Outra discussão gerou em torno da tipificação do crime, que mencionava “razões de ideologia”, termo retirado do texto final.

Da forma como está, o projeto prevê pena de 12 a 30 anos de reclusão quando cometidos atentados contra a vida ou integridade física das pessoas, sem excluir sanções correspondentes à ameaça ou violência.

Quem “promover, constituir, integrar ou prestar auxílio” está sujeito a pena de cinco a oito anos, além de pagamento de multa. A proposta também pune quem faz apologia ao crime, bem como participa da preparação do delito.

Como tramitava em regime de urgência, a proposta trancava a pauta do plenário e impedia a apreciação de outras propostas. Nesta quinta (13), devem ser votadas outras emendas ao projeto.

+ sobre o tema

Pedagogia de afirmação indígena: percorrendo o território Mura

O território Mura que percorro com a pedagogia da...

Aluna ganha prêmio ao investigar racismo na história dos dicionários

Os dicionários nem sempre são ferramentas imparciais e isentas,...

Peres Jepchirchir quebra recorde mundial de maratona

A queniana Peres Jepchirchir quebrou, neste domingo, o recorde...

Apenas 22% do público-alvo se vacinou contra a gripe

Dados do Ministério da Saúde mostram que apenas 22%...

para lembrar

Morte de nigeriano agredido na rua na Itália causa revolta e chega a debate eleitoral

O assassinato de um vendedor ambulante nigeriano na última...

Grupo francês divulga medidor de violações aos Direitos Humanos no Brasil

O coletivo Coalizão Solidariedade Brasil, sediado na França, divulgou neste...

Seu Jorge é hostilizado e sofre ataques racistas em show em Porto Alegre

O cantor Seu Jorge foi hostilizado e sofreu ataques racistas da...

Professora chamada de ‘macaca’ em escola de SP critica descaso

A professora Ana Koteban, 41, que trabalha na rede...
spot_imgspot_img

Aluna ganha prêmio ao investigar racismo na história dos dicionários

Os dicionários nem sempre são ferramentas imparciais e isentas, como imaginado. A estudante do 3º ano do ensino médio Franciele de Souza Meira, de...

Colégio afasta professor de história investigado por apologia ao nazismo, racismo e xenofobia

Um professor de história da rede estadual do Paraná foi afastado das funções nesta quinta-feira (18) durante uma investigação que apura apologia ao nazismo, racismo...

Líderes da ONU pedem mais ação para acabar com o racismo e a discriminação

Esta terça-feira (16) marcou a abertura na ONU da terceira sessão do Fórum Permanente de Afrodescendentes, que reúne ativistas antirracismo, pessoas defensoras dos direitos...
-+=