Dia da Mulher: 10 lésbicas famosas que fazem a diferença na comunidade LGBT

Jodie Foster, Ellen DeGeneres, Daniela Mercury, Ellen Page e outras mulheres que não abrem mão de lutar pelos seus direitos.

Num mundo em que o machismo ainda é muito forte, a celebração do Dia Internacional da Mulher ainda se faz importante. Na comunidade LGBT não é diferente, já que as lésbicas também enfrentam preconceito. Assim como as heterossexuais,  elas são tratadas como meros objetos de desejo pelos machões, muitas vezes. A matéria do iGay que verificou a reação das pessoas nas ruas a um beijo lésbico, deixou isso bem evidente.

Assim, não podemos deixar de lembrar neste sábado (08) das mulheres que combatem o machismo, que emprestam a fama delas à luta contra o preconceito.

 

Quando se fala em lésbica poderosa é difícil não pensar automaticamente na comediante e apresentadora Ellen DeGeneres, de 56 anosDona de um dos talk shows mais bem-sucedidos dos Estados Unidos, ela vem se firmado como uma das maiores ativistas LGBT do mundo. Assumida desde 1997, ela é casada com a atriz Portia De Rossi desde 2008.

Ellen já ganhou 15 prêmios Emmy por suas apresentações e dois Primetime Emmy. Ela é também uma das 20 mulheres mais ricas do show bussines – sua fortuna pessoal é avaliada em US$ 65 milhões, além de possuir um patrimônio estimado em US$ 250 milhões.

A comediante foi uma das protagonistas do documentário “The Out List” da HBO, que apresentou 16 personalidades revelando como saíram do armário.  Ela também atuou fortemente no ano passado na campanha que resultou no fim legislação que proibia o casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos.

 

Quem entrou recentemente na lista das lésbicas mais influentes do planeta foi a apresentadora Robin Roberts, que comanda o popular matinal  “Good Mording América”, da rede americana ABC. Ela saiu do armário no início deste ano, revelando o seu longo relacionamento com a parceira Amber.

O anúncio da apresentadora foi tão importante que a primeira-dama dos EUA Michelle Obama fez questão de parabenizá-la.  “Robin Roberts, eu estou tão feliz por você e Amber! Você continua nos deixando orgulhosos”, escreveu a senhora Barack Obama no Twitter. Aliás, foi Robin que comandou a entrevista em que o presidente americano apoiou o casamento igualitário oficialmente pela primeira vez.

 

Com figuras como Robin, o jornalismo americano tem se destacado pelo respeito à diversidade.

Uma das apresentadoras do também matinal “Today” , a jornalista Jenna Wolfe  assumiu sua homossexualidade diante das câmeras da atração da NBC, em 2013.

Na ocasião, ela revelou que tinha um relacionamento de três anos com uma colega de emissora, a repórter Stephanie Gosk, e que as duas teriam  um filho por inseminação artificial, gestado por Jenna.  

 “O mais bonito é que vivemos num tempo em que não há necessidade de sigilo”, declarou Jenna, em entrevista à revista People.

No canal de notícias MSNBC, a lésbica Rachel Maddow comanda o programa de maior sucesso da emissora, o “The Rachel Meadow Show”. Ela foi inclusive a primeira jornalista assumidamente gay a comandar um telejornal no horário nobre da TV americana, em 2008.

Com doutorado em política na Universidade de Oxford e filha de um oficial da Força Aérea Americana, Rachel é bastante crítica à política militar dos EUA.

PALAVRAS EMOCIONANTES 

Quando a atriz Ellen Page foi convidada a discursar no “Time to Thrive”, evento da ONG Human Rights Campaign, não se esperava que a e estrela do filme “Juno” fosse se assumir.

No entanto, ele fez isso numa fala emocionante em 14 de fevereiro passado.  “Talvez eu possa fazer a diferença, ajudando as pessoas a terem uma vida mais fácil e esperançosa. Tenho a obrigação pessoal e responsabilidade social”, explicou a Ellen.  “E, de forma egoísta, assumo porque estou cansada de esconder, de mentir por omissão”, completou.

Durante o discurso, a atriz ressaltou a importância de exemplos para os jovens. “Existem muitas crianças por aí sofrendo bullying, rejeição ou simplesmente sendo mal-tratadas por serem quem são. Muitas são expulsas de casa, abusadas ou cometem suicídio. O jogador Michael Sam, a atriz Leverne Cox, a dupla Tegan and Sara e as famílias que apoiam a coragem me inspiram”, citou a atriz, lembrando gays que se assumiram recentemente.

Quem também emocionou num discurso foi a atriz Jodie Foster, que fez isso ao receber o prêmio Cecil B DeMille, pelo conjunto da obra,  no Globo de Ouro, em 2013. Na ocasião, ela agradeceu o a ex-companheira de décadas Cydney Bernard. “Obrigada, Cyd. Tenho muito orgulho da nossa família moderna, dos nossos filhos incríveis.”

Criticada por militantes LGBT por não falar sobre sua sexualidade, Jodie explicou a sua posição. “Se você é uma figura pública desde bebê, se precisou lutar por uma vida que parecesse real e normal contra todas as probabilidades, então você também talvez quisesse valorizar a privacidade acima de todo o resto… Espero que vocês não fiquem desapontados por não haver um grande discurso de saída do armário nesta noite. Já saí do armário uns mil anos atrás, na Idade da Pedra.”

PODEROSAS DO BRASIL 

Entre as celebridades brasileiras, Daniela Mercury e Ellen Oléria são as figuras mais representativas do movimento lésbico no País.

Vencedora da primeira edição do programa “The Voice” (TV Globo), Ellen sempre deixou claro sua relação de amor com a assessoraPoliana Martins.

Ao iGay, Ellen falou sobre rótulos e o perigo que eles podem representar. “Só posso falar a partir desse meu lugar: negra, gorda, lésbica, vegana. Sinto que não podemos ser resumidos pelo que representamos.”

Meses depois da declaração, Ellen  recebeu o iGay com exclusividade em seu casamento. “Faltava, para a gente, dizer sim. Mas agora não falta mais nada”, afirmou na ocasião.

Já Daniela, colocou o tema da aceitação da homossexualidade no Brasil ao assumir o seu amor pela jornalista Malu Verçosa, em abril do ano passado.

Embaixadora da Unicef desde 1995, ela faz constantes discursos sobre a importância de se combater a intolerância. “Sofrer preconceito é como ser enterrado vivo, mas desde pequena eu luto para dar visibilidade aos invisíveis.”, afirmou ela ao receber o prêmio Trip Transformadores, em 2013.

“Tiramos pá de terra de nossas cabeças, como eu já vinha lutando para tirar essa terra de cima de tanta gente, de índios, de crianças, de negros. De todos os gritos que eu quis dar desde pequena, nunca foi tão difícil quanto me ver numa posição de sofrimento, discriminação, de estar no lugar de quem toma terra na cabeça. A gente ainda faz coisas tão bárbaras, o Brasil precisa de limite, a gente é um país adolescente e precisa aprender a viver, a respeitar, a gente é muito desrespeitador ainda”, finalizou.

 

 

 

Fonte: iGay

 

 

 

 

 

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