Importante voz no debate sobre diversidade em Hollywood, a diretora Ava DuVernay (“Selma”) está pondo a mão na massa para mudar as coisas na indústria cinematográfica.
Há cinco anos, DuVernay criou um coletivo de distribuição, o African American Film Festival Releasing Movement, com o objetivo de colocar filmes independentes nos cinemas.
Agora, a empresa mudou: passou a se chamar Array e a ter como principal foco distribuir trabalhos de cineastas mulheres, diretoras e diretores negros e de outras minorias, incentivando a diversidade.
Em entrevista ao LA Times, ela explicou:
“Há uma geração de cineastas mulheres e de minorias cuja principal preocupação é que ninguém vai ver seu trabalho. E essa é uma enorme barreira. Eles estão se perguntando: ‘Por que fazer algo que ninguém vai assistir?’. Há um desrespeito inerente à distribuição. Há uma segregação cinematográfica em como os filmes são ou não são vistos. O que estamos dizendo é que não vamos mais depender dessas coisas a partir de agora.”
A Array vai atuar não apenas nas salas de cinema, mas também em plataformas como a Netflix. “O consumidor está decidindo o que quer ver, quando e como quer ver, e os cineastas estão cada vez mais cientes disso, e aceitando o fato de que o sucesso não depende de ter o filme no cinema tradicional”, disse DuVernay.
Os primeiros projetos da empresa são “Ayanda and the Mechanic”, de Sara Blecher, e “Out of My Hand”, de Takeshia Fukunaga.