Homofobia em Brasília: a agressão de jovens gays com garrafada no bar Simpsons

Três jovens gays foram agredidos nesta semana no bar Simpsons, na 307 Sul, no centro de Brasília. Eles acreditam que foram vítimas de homofobia. Um deles chegou a ser atacado com uma garrafa de cerveja.

Na terça-feira (7), o casal Rayan De Souza e Thayrone Rocha, ambos com 23 anos, e o amigo Yuri Rodrigues, de 22, foram hostilizados por seis rapazes, que estavam sentados próximo à mesa deles. Eles passaram a ofendê-los por conta da orientação sexual do trio. A irmã de Rayan, Jhennifer Souza, também participava do encontro.

Após os xingamentos, os dois grupos começaram a discutir. Irritados, os seis agressores partiram para cima de Rayan, Thayrone e Yuri.

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“O que me deixa mais revoltado é que a gente foi agredido pelo simples fato de nossa orientação sexual. Isso ficou bem claro”, desabafou Thayrone à TV Brasília.

Os rapazes quebraram o maxilar de Yuri, que teve de ser levado às pressas para o hospital. Rayan precisou tomar ponto por causa da agressão com a garrafa.

A 1ª Delegacia de Polícia, da Asa Sul, está investigando o caso.

Segundo as vítimas, o bar Simpsons não prestou apoio a eles.

Pelo Facebook, a gerência do estabelecimento lamentou os ataques e ressaltou que “é contra todo e qualquer tipo de agressão, seja ela por motivações discriminatórias ou não”.

Os funcionários do Simpsons vão colaborar com as investigações.

Beijaço

Em protesto ao teor homofóbico das agressões, a comunidade LGBT de Brasília está organizando um “beijaço” nesta sexta-feira (10), às 18h.

Mais de 1,3 mil pessoas já confirmaram presença no evento pelo Facebook.

O coordenador do grupo Basta Homofobia, Caio da Silva Araújo, espera que o movimento celebre a diversidade. “Também queremos divulgar uma reivindicação do movimento LGBT, que é a sanção da lei que pune estabelecimentos de Brasília coniventes ou promotores da discriminação de gays”, disse, em entrevista ao Brasil Post.

lei distrital 2615/2000 foi sancionada em 2013 pelo governador Agnelo Queiroz, mas revogada no mesmo dia depois de pressão da bancada evangélica da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Com a legislação em vigor, em um caso como o do casal e amigos agredidos no bar, se o estabelecimento não prestasse apoio, poderia receber multa ou ter até o alvará de funcionamento cassado.

 

 

Fonte: BlogSpot

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