Ministros africanos da Saúde aplaudem declaração de Beijing

 
Luanda – Os ministros da Saúde de África que participaram no Fórum China-África para o Desenvolvimento da Saúde concluíram sábado que a Declaração de Beijing produzida neste encontro é uma plataforma importante e um mecanismo eficaz para o diálogo com a República Popular da China.
 
Segundo o documento a que a Angop teve acesso, os ministros afirmaram que a Declaração joga um papel importante na promoção da cooperação sanitária, pelo que se propõem a desenvolver esforços para mantê-lo como ferramenta sempre actual e criar mecanismos para a avaliação das decisões daí emanadas, reforçando assim as relações em matéria de saúde, bem como promover a solidariedade internacional.
 
O Fórum China-África para o Desenvolvimento da Saúde, Beijing2013, assinalou o 50º aniversário da cooperação Chinesa com a África na área da saúde, que ficou marcado com o envio da primeira missão médica à Argélia no ano de 1963.
 
A “Declaração de Beijing” salienta que a saúde constitui um elemento importante no âmbito do desenvolvimento social e é fundamental para o desenvolvimento integral do ser humano.
 
Entre outras coisas, “os governos devem aumentar os orçamentos para o sector da saúde, para o seu desenvolvimento sustentável visando, a realização mais rápido possível das metas de desenvolvimento do Milénio”, lê-se no documento.
 
Ao ser reafirmada a necessidade do reforço da cooperação sino-africana na saúde, o documento assinala que devem merecer destaque áreas como o desenvolvimento dos recursos humanos, a promoção de trocas de experiências e cooperação entre as várias instituições académicas e de investigação, bem como a atribuição de bolsas de estudo e o estabelecimento de parecerias na área clínica.
 
A cooperação na área da medicina tradicional, a criação de laboratórios de pesquisa conjunta e a definição de uma conduta ética no domínio da saúde e convidar jovens investigadores para trabalharem na China e vice-versa, apoiar políticas e programas de pesquisa para a cobertura universal, resultando daí um desenvolvimento sanitário durável e para todos, bem como o estabelecimento de um sistema de informação em saúde deverão ser igualmente preocupações dos governos da China e de África.
 
No que concerne ao combate à doença, os participantes ao Fórum China-África comprometeram-se em desenvolver esforços para a prevenção das doenças transmissíveis e não transmissíveis e reforçar os programas de imunização e a luta contra as enfermidades evitáveis por vacinação.
 
A “Declaração de Beijing” destaca ainda que a China, sempre que solicitada, deverá construir estruturas sanitárias que se adaptem à realidade africana e as partes deverão incentivar as relações entre empresas Chinesas e Africanas, encorajar a transferência de tecnologias nas diversas áreas da medicina e da saúde, nomeadamente nos produtos farmacêuticos, vacinas, medicamentos e equipamentos, visando a análise à disponibilidade de tudo isso, com qualidade e a preços competitivos.
 
Angola participou no Fórum Sino-Africana para a saúde com uma delegação chefiada pelo ministro da Saúde, José Vieira Van-Dúnem, que se fez acompanhar de alguns Directores Nacionais e técnicos seniores do sector que dirige.
 
Fonte: Portal Angola Press

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