Miss Universo 2011 – O racismo não me atinge. Os racistas deveriam procurar ajuda e se tratar

Sorridente e recebida com aplausos, Leila Lopes falou com a imprensa após ser coroada Miss Universo 2011, na noite da segunda-feira (12), em São Paulo. Simpática, a angolana conquistou os brasileiros e ainda desbancou as favoritas ao título, levando a melhor entre outras 88 candidatas.

Minutos após o término do Miss Universo, a miss – que não é a primeira negra africana a vencer o concurso – retornou ao palco da casa de shows Credicard Hall para responder a perguntas de jornalistas de vários países. Já coroada, Leila aproveitou o encontro para comentar os casos de racismo pelo mundo.

– O racismo não me atinge. Os racistas deveriam procurar ajuda e se tratar. Não é possível que em pleno século 21 ainda existam pessoas que pensem desta forma.

Natural de Benguela, Leila, 25 anos, afirmou que pretende usar o “cargo” de miss para ajudar sua terra natal.

– Como miss Angola, já apoiava causas sociais, a luta contra o HIV e os cuidados com idosos. Agora, espero poder fazer muito mais por meu país.

Emocionada, Leila finalizou:

– Angola, muito obrigada pela torcida e por ter acreditado em mim.

Histórico

A primeira miss Universo negra foi Janelle Commissiong, de Trinidad e Tobago, eleita em 1977.

Curiosamente, no ano seguinte, Janelle passou a faixa para uma miss Universo africana. A beldade – uma loira – se chama Margareth Gardiner e representou a África do Sul no concurso.

A primeira africana negra a usar a coroa de Miss Universo foi Mpule Kwelagobe, vinda de Botsuana. Ela foi coroada em 1999.

Fonte:R7

+ sobre o tema

para lembrar

Boateng foi embora do Milan por não suportar mais racismo

Revelação é feita por dirigente do Schalke 04, novo...

Cartilha de combate ao racismo será lançada na quinta (26)

Publicação trata sobre o racismo no futebol, traz artigos...

Governo vai apurar caso de racismo contra vereador

  “Você é um negro descarado e vagabundo”....
spot_imgspot_img

Quanto custa a dignidade humana de vítimas em casos de racismo?

Quanto custa a dignidade de uma pessoa? E se essa pessoa for uma mulher jovem? E se for uma mulher idosa com 85 anos...

Unicamp abre grupo de trabalho para criar serviço de acolher e tratar sobre denúncias de racismo

A Unicamp abriu um grupo de trabalho que será responsável por criar um serviço para acolher e fazer tratativas institucionais sobre denúncias de racismo. A equipe...

Peraí, meu rei! Antirracismo também tem limite.

Vídeos de um comediante branco que fortalecem o desvalor humano e o achincalhamento da dignidade de pessoas historicamente discriminadas, violentadas e mortas, foram suspensos...
-+=