Não há desenvolvimento sustentável sem enfrentar o racismo

Enviado por / FonteKatia Mello

Artigo produzido por Redação de Geledés

Em 18 de setembro, às 9h (horário de Nova York), Geledés – Instituto da Mulher Negra realiza o evento “Não há desenvolvimento sustentável sem enfrentar o racismo” que acontece no escritório da Comunidade Internacional Bahá’í em Nova York, paralelamente à Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), com a intenção de acelerar o cumprimento dos objetivos da Agenda 2030. As populações e comunidades afrodescendentes ao redor do mundo estão cada vez mais distantes de alcançar um mundo desenvolvido e sustentável. Geledés entende, por meio de dados e diagnósticos, que o alcance dessa Agenda 2030 está marcado por questões de raça e gênero.

Neste sentido, o racismo tem sido instrumentalizado como prática de poder e ideologia que oprime, marginaliza e estrutura desigualmente as populações negras. Portanto, como bem anuncia o nome do evento, não há desenvolvimento sustentável se não houver um enfrentamento global ao racismo.  A organização fundada por mulheres negras visa com este evento posicionar as especificidades das comunidades afrodescendentes em interface com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e pactuar, por meio de recomendações das partes interessadas, soluções para o enfrentamento ao racismo.

Para Geledés, é fundamental que as nações assumam o compromisso de desenvolvimento sustentável com aproximadamente 250 milhões de pessoas que tiveram suas vidas atravessadas pelo tráfico transatlântico e mediterrâneo e que sofrem os impactos da crise climática, do racismo ambiental e de outras formas de violação de direitos. Caso contrário, isso significaria, efetivamente, não alcançar um mundo com justiça social e climática, com democracia e equidade para todas as populações.

O evento “Não há desenvolvimento sustentável sem enfrentar o racismo” contará com a participação de representantes da alta escala de governos, organizações, especialistas e executores da agenda em nível global. São eles a ministra Anielle Franco do Ministério da Igualdade Racial, Maria Gabriela Feitosa do Major Group Juventudes, Hawa Diallo chefe de Unidade e Oficial de Informação Pública na Seção de Relações e Advocacia com ONGs do Departamento de Informação Pública da ONU, Carl Murrel, representante da comunidade Bahá’í dos Estados Unidos e Leticia Leobet, de Geledés.

Geledés faz o convite para sua participação presencial neste evento. É só se inscrever pelo link

Organizado por: Geledés – Instituto da Mulher Negra

Data e horário do evento: 18 de setembro de 2023 às 09:00h (NY)

Local: 866 United Nations Plaza, Suite 120

New York, NY 10017

+1 212 803 2500

+ sobre o tema

Futebol Feminino – Pelé em sua versão mulher

Podemos afirmar que o futebol é o esporte mais...

“Você mora aqui ou você vem todos os dias?”

Como uma mulher afro-estadunidense e nigeriana de segunda geração,...

para lembrar

Racismo ambiental: o que é importante saber sobre o assunto

Em sua nova coluna, a ativista Stephanie Ribeiro fala...

Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra

1. Andando pelas ruas, meta o pescoço dentro das...

Ação publicitária de construtora com homem-placa gera denúncias de racismo em São Paulo

Por:Luísa Lucciola O jornalista César Hernandes, de 38 anos, flagrou...

‘Coisa de preto’ 2

Num país onde há racismo sem racistas, a cassação do mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante) pela Câmara Municipal de SP é uma vitória a ser...

Grupo de mulheres brasileiras atua nas Nações Unidas contra o racismo

Em reportagem da TVT, Maria Sylvia de Oliveira, advogada e coordenadora de Políticas de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça de Geledés- Instituto...

Vulneráveis ao calor

A semana de calor recorde em pleno inverno jogou luz sobre urgência, até aqui, negligenciada, nas palavras certeiras de Renata Libonati, professora no Departamento...
-+=