Parlamento alemão lembra vítimas do genocídio em Ruanda

Merkel e o ministro do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, no Bundestag

 

Na presença de Merkel, deputados debatem o papel da comunidade internacional na prevenção de massacres como o de 1994 e alertam sobre a necessidade de agira em relação aos conflitos atuais.

O Parlamento alemão lembrou nesta sexta-feira (04/04) as vítimas do genocídio em Ruanda, ocorrido há exatos 20 anos. Os deputados chamaram a atenção para o derramamento de sangue nos dias atuais e lançaram questões sobre a eficácia da comunidade internacional em prevenir massacres. A sessão contou com a presença da chanceler federal Angela Merkel.

O ministro do Exterior alemão, Frank-Walter Steinmeier, ressaltou que “todo o possível” deve ser feito para a prevenção de massacres como o de Ruanda. “Não se fala mais em genocídio, mas ainda ocorrem intermináveis derramamentos de sangue no Congo, na África Central e na Síria”, alertou o ministro.

Vários membros do Parlamento levantaram questões sobre a responsabilidade da comunidade internacional de evitar massacres como o de 1994. No entanto, não especificaram de que forma seria possível um maior comprometimento para evitar os genocídios.

Steinmeier lembrou que após o Holocausto os alemães declararam “nunca mais”, em repúdio aos assassinatos em massa. “Mas nós [a comunidade internacional] não conseguimos manter a promessa”, lamentou. O Ocidente fracassou em Ruanda, apontou o ministro, que lembrou que as forças de paz da ONU chegaram a ser retiradas em meio à violência.

O ministro disse ainda que em sua viagem à África na semana passada ficou claro que os africanos não querem ser vista como “pedintes”, ao requererem ajuda internacional. Ele reiterou o desejo dos europeus de que os africanos possam “seguir seu destino como queiram”. As nações africanas, afirmou, são vistas cada vez mais como parceiras.

Entre abril e junho de 1994, cerca de 800 mil pessoas foram assassinadas no genocídio de Ruanda. A maioria das vítimas era da etnia tutsi, embora também tenham sido mortos hutus, etnia responsável pelo massacre.

Fonte: O Povo

 

+ sobre o tema

Acabou Chorare – Zulu Araujo

Definitivamente os tempos mudaram. A sociedade brasileira avançou, a...

Rihanna é levada a hospital após show na Suíça

A cantora Rihanna foi levada às pressas a um...

Crítica: Kendrick Lamar mira alto e acerta nos alvos em ‘DAMN.’

Rapper critica racismo e fama em seu disco mais...

Polícia sul-africana descobre complô para sabotar Copa, diz jornal

A Polícia sul-africana investiu esta semana contra uma...

para lembrar

Carta à Seppir sobre campanha da Caixa Econômica Federal

Carta à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade...

Vida em dívida por Cuti

- Vais morrer, negrinho! -...

Milton Santos

Milton Almeida dos Santos (Brotas de Macaúbas, Bahia, 3 de...

26 coisas que a juventude de hoje precisa saber sobre Missy Elliott

1. Queridas crianças ignorantes, sentem-se. Eu tenho uma história...
spot_imgspot_img

Lenna Bahule apresenta novo EP no Sesc Bom Retiro nos dias 04 e 05 de outubro

A cantora e compositora moçambicana Lenna Bahule faz show de lançamento do EP Nadawi, segundo capítulo da trilogia sonora Kumlango. O público de São Paulo vai...

Mais de 700 obras de arte afro-brasileiras serão repatriadas dos EUA para o Muncab, de Salvador, em 2025

José Adário tinha 11 anos quando, no final dos anos 1950, começou a aprender com um mestre o ofício ao qual dedicou sua vida...

A cidade de Lima Barreto: obra do escritor é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio

Lima Barreto é autor do Rio. A frase soa óbvia, mas não se refere apenas ao fato de o escritor ser um legítimo carioca...
-+=