Preso por morte de Marielle já foi homenageado na Alerj; saiba quem são os 2 suspeitos do crime

O policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado como o autor dos 13 tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, já foi homenageado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) há mais de 20 anos.

Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos contra Marielle, e Élcio Queiroz, suspeito de dirigir o carro — Foto: Reprodução/TV Globo

Lessa, então terceiro-sargento da PM, recebeu uma moção de congratulações, aplausos e de louvor no final do ano de 1998.

Segundo a família do ex-deputado que foi autor da condecoração, já falecido, na época foram homenageados todos os 18 policiais do batalhão de Irajá (9º BPM) que realizaram uma prisão.

A homenagem é do ex-deputado Pedro Fernandes Filho, já falecido, que era avô de Pedro Fernandes Neto (PDT), outro ex-parlamentar estadual que atualmente é secretário de educação do governador Wilson Witzel (PSC), e pai da vereadora Rosa Fernandes (MDB).

No texto, protocolado em 23 de novembro daquele ano, Fernandes justifica o prêmio pela maneira como Lessa e os outros policiais “vem pautando sua vida profissional como policial militar do 9 Batalhão de Polícia Militar (BPM)”.

“Sem nenhum constrangimento posso afirmar que o referido militar é digno desta homenagem por honrar, permanentemente, com suas posturas, atitudes e desempenho profissional, a sua condição humana e de militar discreto mas eficaz. Constituindo-se, deste modo, em brilhante exemplo àqueles com quem convive e com àqueles que passam a conhecê-lo”.

Pedro Fernandes Filho foi decano da Alerj, chegando a marca de 10 legislaturas. Na última eleição, no final da década de 2000 o ex-marinheiro e combatente da Segunda Guerra Mundial se elegeu pelo PFL com cerca de 47 mil votos.

Suspeito dos disparos perdeu a perna em ataque
O sargento reformado Ronnie Lessa perdeu uma das pernas em um ataque a bomba na Zona Norte do Rio, há 10 anos. Segundo a polícia, o autor desse atentado é o mesmo autor envolvido no atentado a bomba contra o contraventor Rogério de Andrade. Diogo Andrade, filho de Rogério, morreu no ataque.

A explosão no carro de Lessa ocorreu quando ele passava com o seu carro, uma picape Hilux prata, pela rua Mirinduba, a poucos metros do 9ª BPM (Rocha Miranda).

Após a explosão, o PM teria tentado saltar da picape, mas ficou preso ao cinto de segurança. Desgovernado, o carro percorreu uma distância de aproximadamente 150 m, até bater em um poste, deixando um rastro de sangue e combustível.

Élcio seria o motorista
Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, apontado como motorista do carro que perseguiu a vereadora, foi expulso da Polícia Militar em 2015. O ex-PM foi preso no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, quando saía para trabalhar.

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