Mulheres são só 19% dos postos de direção em empresas e recebem salário menor
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, afirmou nesta quarta-feira (16) que a prioridade da pasta no momento precisa ser a inclusão de mulheres no mercado de trabalho.
Iriny lembrou que as mulheres representam a maioria da população brasileira, além de serem bem qualificadas profissionalmente. No entanto, segundo ela, as mulheres são maioria no mercado informal, ainda recebem um salário inferior ao dos homens para exercer uma mesma função e só representam 19% dos postos de comando e de direção em empresas.
– Precisamos muito mesmo do Congresso Nacional. Temos uma legislação já pronta para ser votada, que cria as condições de igualdade no mundo do trabalho. Ter um conjunto de leis próprias, que respalde as iniciativas, é fundamental agora.
A ministra destacou ainda a necessidade de um melhor cumprimento, por parte do Judiciário, da Lei Maria da Penha, que pune com maior rigor a violência doméstica contra a mulher.
Ela afirmou que o governo estuda a instalação de delegacias especializadas, núcleos de atendimento e casas abrigo também na zona rural do país. Mas as ações, segundo Iriny, dependem da “boa vontade” de prefeituras e governos estaduais.
– Se a situação das mulheres é difícil nos centros urbanos, nos rincões torna-se mais grave. Nem pedir socorro ao vizinho é possível.
Outro tema de relevância apontado pela ministra é a reforma política. De acordo com ela, é preciso ousar para que as mulheres possam disputar eleições em igualdade de condições. A ideia, segundo Iriny, é ampliar não apenas o número de candidatas, mas assegurar um percentual reservado de vagas no Congresso Nacional.
– Também precisamos de mais prefeitas, mais governadoras, não só de deputadas e senadoras.
Fonte: R7