Por: Fábio Mendes
A procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant´anna Gomes, acusada de torturar uma menina de dois anos que estava sob a guarda, se entregou à Justiça no Fórum do Rio de Janeiro. As informações são do Tribunal de Justiça do Estado.
Vera Lúcia foi citada formalmente das acusações de tortura e racismo e foi encaminhada à Delegacia de Capturas e Polícia Interestadual (Polinter), no centro da capital fluminense.
As penas para os crimes de tortura e racismo são, respectivamente, de dois a oito anos e de um a três anos de prisão. Segundo a delegada, um laudo do IML mostra que a criança sofreu lesões em diferentes dias, de forma cruel.
Agressão
A denúncia contra os maus tratos aconteceu no final de abril e foi feita por empregados, que teriam testemunhado as agressões. A criança foi adotada em março por Vera Lúcia e, desde então, teria sofrido agressões e humilhações. O Conselho Tutelar retirou a menina do apartamento e a enviou para um abrigo.
Após colher os depoimentos das testemunhas, a Justiça indiciou Vera Lúcia, no dia 29 de abril, por tortura e racismo. No dia seguinte, a delegada Monique Vidal, titular da 13ª DP (Copacabana), pediu a prisão preventiva da procuradora, solicitação que também seria feita, no dia 5 de maio, pelo Ministério Público.
A acusada chegou a ser detida em sua casa em Búzios, litoral fluminense, mas acabou sendo liberada, já que o mandado de prisão ainda não havia sido expedido na ocasião. Desde então Vera Lúcia se encontrava foragida.
A defesa de Vera Lúcia entrou em seguida com um pedido de habeas corpus, negado pela desembargadora Gizelda Leitão Teixeira. O Disque-Denúncia chegou a divulgar um cartaz pedindo à população que denunciasse o paradeiro da procurada.
Fonte: Band