A Light, distribuidora de energia do Rio de Janeiro, vai implantar o projeto Produção Agroecológica Integrada Sustentável (PAIS) em três comunidades quilombolas do Rio de Janeiro. O projeto, inédito no estado, será levado aos quilombos de Santana, em Quatis, São José da Serra, em Valença, e Alto da Serra, em Rio Claro.
Estas comunidades foram beneficiadas por ações de eficiência energética, sustentabilidade, responsabilidade social e resgate da cidadania ao longo do ano passado, dentro do Projeto Quilombo. A apresentação do PAIS e dos resultados do Projeto Quilombo aconteceu nesta sexta-feira, dia 14 de janeiro.
Criado pelo senegalês Ali N’Daye, o PAIS cultiva vegetais em mandalas, integrado com a criação de galinhas e plantações de árvores. Voltado para pequenas áreas , o projeto conta com um sistema de irrigação por gotejamento, que permite um maior rendimento das colheitas.
Light apresenta resultados do Projeto Quilombo |
Além de desenvolver programa de eficiência energética, empresa implantará projeto PAIS de irrigação de hortas nas comunidades quilombolas
Para garantir a manutenção das famílias nos quilombos por meio da geração de renda em suas terras, a Light vai iniciar a implantação da Produção Agroecológica Integrada Sustentável (PAIS) em três comunidades quilombolas. O projeto, inédito no Estado do Rio de Janeiro, será levado aos quilombos de Santana, em Quatis, São José da Serra, em Valença, e Alto da Serra, em Rio Claro. As comunidades já foram beneficiadas por ações de eficiência energética, sustentabilidade, responsabilidade social e de resgate da cidadania ao longo de 2010, dentro do Projeto Quilombo. A apresentação da estratégia do PAIS e dos resultados do Projeto Quilombo foi realizada hoje, dia 14, no Centro Cultural Light. O evento contou com a presença do Presidente da Light, Jerson Kelman, do Prefeito de Rio Claro, Raul Machado, do Prefeito de Quatis, José Laerte D’Elias e de representantes dos três quilombos. “A Light é empresa pioneira na contribuição para o desenvolvimento dos quilombos no Rio de Janeiro. Toda e qualquer etnia tem o direito de crescer com dignidade, com a preservação de sua cultura, valores e tradições”, afirma Mário Guilherme Romano, Superintendente de Relacionamento com as Comunidades da Light. Criado pelo senegalês Ali N’Daye, o projeto PAIS consiste em um cultivo de vegetais em mandalas, integrado com a criação de galinhas e plantações de árvores. A plantação conta com um sistema de irrigação por gotejamento que permite maior rendimento e produção em áreas relativamente pequenas. Ainda nos quilombos, a Light já beneficiou aproximadamente 400 pessoas com a troca de 75 de geladeiras e de 700 lâmpadas incandescentes por versões fluorescentes compactas, que economizam energia. Além disso, foram feitas 100 reformas elétricas dentro das residências dos quilombolas e houve a normalização e regularização de cerca de 70 clientes. A Light também auxiliou os Quilombos na inclusão de 70 famílias na tarifa social, que disponibiliza isenção de pagamento de conta de energia com consumo abaixo ou igual a 50 kWh e descontos de até 40% para consumo até 100 kWh. História dos Quilombos Alto da Serra (Lídice, Rio Claro) – O Quilombo Alto da Serra, em Lídice, distrito de Rio Claro, tem como tradição principal a culinária e o artesanato. A comunidade tem aproximadamente 200 habitantes de uma mesma família. São José da Serra (Valença) – O Quilombo São José da Serra existe há cerca de 150 anos e é o mais antigo do estado. Localizado em Valença, tem cerca de 200 quilombolas, que moram em casas de adobe ou pau-a-pique e telhado de palha. O trabalho em conjunto na agricultura de subsistência, o catolicismo, a umbanda, o artesanato tradicional, o fogão à lenha, o Jongo e o Terço de São Gonçalo fazem parte do cotidiano dos moradores desde a chegada dos seus antepassados na fazenda, por volta de 1850. Santana (Quatis) – A comunidade quilombola de Santana está localizada no município de Quatis, no interior do Estado do Rio de Janeiro, a 144 km da capital. Em janeiro de 2006 viviam 23 famílias no local. O quilombo recebeu o nome de Santana por causa da Capela Sant´Ana, construída em 1867 pelos antigos escravos que viviam na Fazenda do Barão do Cajuru. Até hoje ainda é possível ver nos fundos da capela o túmulo do Barão, que após a morte teve um pedaço de suas terras da fazenda doado pela filha Maria Isabel de Carvalho a cada um de seus ex-escravos. A doação foi feita no dia 8 de setembro de 1903. |
Ambiente e Energia