Os cérebros das pessoas racistas praticamente não reagem em face da dor física de pessoas de outras raças, justamente devido ao preconceito rácico.
É a conclusão de um estudo internacional, que envolveu investigadores das universidades italianas de Bolonha e de Roma e de um centro de investigação francês do CNRS e que foi publicado ontem na Current Biology.
“O cérebro das pessoas racistas tem dificuldade em identificar-se de forma espontânea com o sofrimento físico de indivíduos de outros grupos étnicos. A prova foi feita mostrando a pessoas imagens de agulhas espetadas em mãos de diversas cores”, escrevem os autores do estudo.
“Os indivíduos com fortes preconceitos raciais tendem a responder de forma fraca à dor das pessoas de outro grupo étnico, enquanto as pessoas com nível mínimo de preconceito racial tendem a reagir de forma semelhante à dor de pessoas do mesmo grupo étnico ou de outro”, explicou Alessio Avenanti, psicólogo da universidade de Bolonha e coordenador do estudo.
A investigação foi realizada com um grupo de 40 estudantes universitários, 20 dos quais italianos brancos e os outros 20 negros residentes em Itália. Os investigadores utilizaram um equipamento para visualização in vivo da actividade cerebral e observaram que áreas do cérebro eram activadas. A diferença de respostas tem um significado cultural associado.
Fonte: DN